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Médicos protestam contra condições “desumanas” do PSM do Guamá

Um ato de protesto marcou a manhã desta segunda-feira (14), no Pronto Socorro do Guamá. Médicos que atuam na área da urgência e emergência do município denunciaram as péssimas condições de atendimento a que estão submetidos prestadores de serviço e usuários do SUS na capital paraense.

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O ato começou pela manhã quando a sala de triagem do Hospital Humberto Maradei estava lotada de pacientes. “A situação está ainda pior do que imaginávamos. Pacientes internados na sala de espera do hospital. Um verdadeiro estado de guerra”, comparou o diretor do Sindmepa, João Gouveia. O quadro de superlotação e com pacientes montados um em cima do outro. É assim que o médico atende no PSM do Guamá. “Não se tem nem condições de atender direito”, afirmou. Diante do cenário, Gouveia disse que o movimento não interessa só aos médicos. “Mas interessa principalmente aos usuários do Sistema Único de Saúde que estão vivendo esse atendimento desumano”.

O diretor lembrou que há quase vinte dias da inauguração do PSM da 14, aquele hospital ainda não abriu as portas para a Urgência e Emergência. “Até quando a população tem que esperar pela reabertura de fato do hospital?”, questionou Gouveia. Ele ressaltou ainda a falta de direitos trabalhistas e a defasagem salarial dos profissionais de saúde: Sem contar com as perdas que os profissionais de saúde amargam, com defasagens que já chegam a 11 anos sem reposição.

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Durante o ato, que durou toda a manhã, médicos que atendem no PSM do Guamá e outras unidades de urgência do município protestaram pelas condições desumanas que são postas pela Prefeitura de Belém. A cirurgiã Patrícia Sena disse que o pronto socorro “se encontra superlotado com quantidade muito maior de pacientes. Não tem como ficarmos calados, vendo pessoas precisando e não tendo uma saúde de qualidade”, reagiu. Outro cirurgião, Maurício Melo, destacou que “a situação é calamitosa, com mortes que poderiam ser evitáveis, por falta de medicamentos e materiais”.

O médico Jader Barros ressaltou que não dá mais para ficar calado, de braços cruzados, diante de quadro tão caótico: “a gente quer melhorias na estrutura do hospital, pois a relação é quase de inoperância e também lembramos dos nossos direitos trabalhistas, que na verdade quase não existem. A gente não tem férias, não tem décimo e nenhum outro direito trabalhista. Além de ser um problema de “gestão caótica”, o médico aponta a corrupção como causa dos problemas de saúde enfrentados pelos usuários do SUS: “queira ou não queira, todo problema que acontece em Belém ou em esfera federal, é gerado pela corrupção que corrói os investimentos da saúde”, criticou.

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Médicos da UPA de Icoaraci também engrossaram o movimento de protesto. Os clínicos Mayara France e Klebson Rodrigues, plantonistas da UPA de Icoaraci, disseram que a UPA promove internamentos direto, o que prejudica o fluxo de atendimento. “Quando deveria ser um atendimento de 24 horas no máximo, tem pacientes internados há duas, três semanas, o que é totalmente inadequado”, disse Rodrigues. Até a sala de graves, que deveria ser usada temporariamente para atendimentos de casos mais graves, como o nome sugere, tem quatro pacientes internados. “Já tivemos até oito pacientes internados lá”, acrescentou Mayara France.

O diretor do Sindmepa, José Martins, comparou o atendimento no PSM do Guamá a uma carnificina: “Isso aqui não é nem mal atendimento, isso aqui é uma carnificina. Isso aqui é um homicídio”, qualificou. Outro diretor que também participou do ato, Lafayette Monteiro, disse que o objetivo era chamar a atenção quanto ao caos da saúde no município de Belém e em especial no Pronto Socorro do Guamá. Ele convocou a categoria a participar do movimento: “Queremos chamar os colegas de outras áreas e a população em geral a engrossar esse movimento que não é só do Sindicato dos Médicos, mas é de toda a categoria e, principalmente, de usuários do SUS”.

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