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Sindmepa apoia pleito de cubanos de Revalida no Pará

Médicos cubanos que estão sem trabalho no Pará procuraram o Sindmepa para solicitar ajuda no sentido de que seja implantado no Estado o processo de Revalidação do diploma de médico. Eles vinham trabalhando na informalidade desde o início da pandemia no Brasil, mas os contratos com Organizações Sociais foram suspensos por força de ação cível movida pelo Conselho Federal de Medicina. Hoje, 255 médicos cubanos estão sem trabalho e renda no Estado, aceitando serviços em farmácias e até mesmo como cuidadores de idosos.

As informações foram repassados pelo presidente da Associação de Médicos Cubanos no Pará, Felipe Grasset Cervino, que participou ontem da reunião virtual da diretoria do Sindmepa, juntamente com a vice-presidente da entidade, Caridad Maria Perez Ferrer.

SEM CONTRATO

Especialista em Medicina e Comunidade, em Cuba e no Brasil, pela Universidade de Porto Alegre, Cervino, 40 anos, é um dos profissionais que hoje enfrenta o drama da informalidade no Pará. Oriundo do Mais Médicos, Felipe chegou ao Pará em 2016 e trabalhou por dois anos e quatro meses em Santarém. Durante a pandemia foi contratado para trabalhar no hospital Abelardo Santos como coordenador de uma equipe médica. Fazia plantões de 12 horas mediante vencimentos de 13.330,00, contratado pela OS Santa Casa de Pacaembú. Hoje, casado com uma paraense, está sem contrato.

“Vários médicos estão nesta situação. Muitos estão morando juntos e alguns constituíram família. Por termos uma situação de informalidade, somos objeto de exploração, objetos de maltratos. Não aguentamos mais esta situação e a única via de vivermos dignamente no Brasil e fazermos o que sabemos fazer, como médicos, é por meio do Revalida. Por isso procuramos o sindicato médico”, explicou Felipe, “Nós tínhamos uma percepção de que muitos deles não gostavam de nós. Mas tínhamos uma visão errada. Vimos que o sindicato defende que temos que optar pelo Revalida e é isso que queremos também. Ficamos muito agradecidos por essa porta que nos foi aberta pelo sindicato médico”, declarou Felipe.

Foto: Arquivo pessoal

A Associação de Médicos Cubanos no Pará já conta com 202 associados e defende que o exame Revalida seja ministrado por uma universidade do Estado, a UEPA ou a Universidade Federal do Pará. “Em Belém se pode fazer a prova, mas não tem uma universidade revalizadora de diploma médico aqui no Pará”, ressalta Cervino. Hoje o Revalida já é feito em Brasília, São Paulo, Tocantins, Ceará e Amazonas. O Ministério da Educação pré-marcou a prova para o dia 6 de dezembro deste ano, mas o cronograma completo ainda será divulgado em edital pelo MEC.

EXPLORAÇÃO

O diretor do Sindmepa, Waldir Cardoso, disse que a entidade já denunciou várias vezes a situação de exploração a que são submetidos estes profissionais. “São semi-escravos. Não podem reclamar de nada e têm que se contentar com o salário que for oferecido. Por isso, não há interesse das autoridades e políticos em oferecer a eles a oportunidade de se submeter a prova de revalidação”, disse o diretor.

Ele acrescentou que os médicos cubanos “merecem a nossa solidariedade e vamos apoiá-los, buscando a interlocução com as autoridades na tentativa de que UEPA ou a UFPA realizem as provas de revalidação que é competência legal de toda universidade pública que ofereça curso de medicina”.

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