A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu um importante passo na luta contra a hemoglobinúria paroxística noturna (HPN) ao aprovar o registro do crovalimabe, um anticorpo monoclonal inovador. Este tratamento é destinado a pacientes adultos e pediátricos com 13 anos ou mais e peso corporal de pelo menos 40 quilos.
O que é a Hemoglobinúria Paroxística Noturna?
A HPN é uma condição sanguínea rara que afeta aproximadamente 3,5 mil pessoas no Brasil e cerca de 20 mil no mundo. Esta doença provoca a destruição dos glóbulos vermelhos pelo sistema complemento, um componente do sistema imunológico responsável pela defesa do organismo. Os sintomas podem variar de anemia e fadiga a complicações mais graves, como insuficiência renal e coágulos sanguíneos, sendo a trombose a principal causa de complicações e óbitos relacionados à doença.
A HPN severa, quando não tratada adequadamente, apresenta uma taxa de mortalidade de cerca de 35% em um período de cinco anos, evidenciando a urgência de intervenções eficazes.
O Que Há de Novo com o Crovalimabe?
A Roche Farma Brasil, fabricante do crovalimabe, destaca que este é o primeiro tratamento subcutâneo disponível no Brasil, com aplicação rápida de baixo volume e administração simples a cada quatro semanas. Estudos demonstram que inibidores de C5, como o crovalimabe, são intervenções seguras e eficazes, sendo um padrão de tratamento há mais de 15 anos.
Além do tratamento para HPN, o medicamento está sendo avaliado para outras condições, como a síndrome hemolítico-urêmica atípica e a anemia falciforme, ampliando ainda mais suas aplicações clínicas.
Reconhecimento Internacional
O crovalimabe já recebeu aprovação em diversos países, incluindo Japão, Estados Unidos, Reino Unido, Emirados Árabes Unidos e Catar, refletindo sua eficácia e segurança no tratamento de pacientes com HPN.
Conclusão
A aprovação do crovalimabe pela Anvisa representa uma esperança significativa para os pacientes que vivem com HPN. Agradecemos à Anvisa e à Roche Farma Brasil por essa importante conquista que certamente fará a diferença na vida de muitos brasileiros afetados por essa condição rara.
SINDMEPA- Sindicato dos Médicos do Estado do Pará.
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Fonte: Agência Brasil