No dia 15 de fevereiro, o mundo se une para celebrar o Dia Mundial de Combate ao Câncer Infantil, uma data importante para aumentar a conscientização sobre a luta contra o câncer nas crianças e a necessidade urgente de ações para melhorar o diagnóstico, o tratamento e o suporte às famílias afetadas.
Este dia serve como um lembrete de que a união de esforços é fundamental para enfrentar uma das principais causas de morte entre crianças e adolescentes em todo o mundo.
A Dra. Alayde Vieira, oncopediatra e diretora clínica do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, destaca que, embora o câncer infantil tenha uma origem genética, ele não é causado por fatores como alimentação ou genética hereditária. “O câncer infantil é uma questão genética, mas pode estar associado a algumas síndromes raras que aumentam a incidência da doença”, explica.
Diagnóstico precoce
Ela também alerta que o diagnóstico precoce é essencial para salvar vidas, já que muitas vezes os sintomas podem ser confundidos com doenças comuns, como febre persistente ou cansaço. “É fundamental que os pais estejam atentos a sintomas que persistem por mais de duas semanas, para que o diagnóstico seja feito o quanto antes”, reforça.
Por outro lado, a luta contra o câncer infantil também é enfrentada pelos profissionais da saúde, que, além dos desafios técnicos, precisam lidar com a sobrecarga de trabalho e a falta de infraestrutura adequada.
O Dr. Eduardo Amoras, diretor de comunicação do Sindicato dos Médicos do Pará (SINDMEPA) e responsável técnico pela cirurgia pediátrica do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, ressalta que o câncer infantil exige muito mais do que conhecimento técnico, mas também um olhar humanizado e empático.
“O câncer infantil exige empatia, acolhimento e um olhar humanizado, não apenas para o paciente, mas também para sua família. A família adoece junto”, observa.
Além disso, Dr. Eduardo Amoras destaca que os profissionais que lidam diretamente com o câncer infantil precisam de condições de trabalho adequadas para exercer suas funções com dignidade. “Os médicos e demais profissionais que lidam com o câncer infantil precisam de suporte adequado, capacitação contínua, e um ambiente de trabalho digno, que garanta a preservação da saúde mental e física desses profissionais”, completa.
O Sindmepa reforça a necessidade de melhorias nas condições de trabalho para aqueles que atuam na oncologia pediátrica. Garantir um ambiente adequado para os profissionais é tão importante quanto garantir um tratamento digno e eficiente para as crianças com câncer, pois, como bem sabemos, a batalha contra a doença envolve todos, paciente, familiares e equipe médica.