Médicos de Tucuruí denunciam que uma OS assumiu o gerenciamento do hospital regional em plena pandemia, instalando-se entre os profissionais um clima de apreensões sobre seus direitos trabalhistas e condições de trabalho. Em expediente dirigido ao Sindmepa, os médicos pedem a intermediação do sindicato para vários questionamentos e reivindicações junto à Sespa. A assessoria jurídica foi acionada e fará uma vídeoreunião com os profissionais do município na próxima semana para detalhamento e encaminhamentos sobre o problema.
Os médicos querem que a Sespa continue responsável pelo repasse do seu salário-base, plantões e vantagens em conformidade com a Constituição e Regime Jurídico Único (RJU); e que seja acrescido aos contracheques gratificação de interiorização.
Questionam sobre “empresa médica atravessadora” que está negociando com os médicos “valores absurdos de plantões muito abaixo dos valores de mercado, além disso impondo situação de exercício profissional que vai contra o código ético profissional. É a terceirização da terceirização”. Também há críticas sobre o fechamento das portas do Pronto Socorro de Tucuruí em plena pandemia, o que fez elevar o número de óbitos nas Upas.
Os profissionais de saúde estão com a saúde mental abalada e perderam muitos colegas e amigos, muitos fazendo uso de antidepressivos, atestados médicos e ainda convalescentes da Covid 19. “Tudo o que a classe médica do HRT quer é trabalhar com segurança e a certeza de que seus direitos serão respeitados e, assim, poder ter a tranquilidade para exercer seus deveres nesse momento crucial de calamidade pública”.