O Instituto Panamericano de Gestão (IPG), Organização Social que gerencia o hospital de campanha de Santarém, foi desclassificado da licitação para gerenciar a Unidade de Pronto Atendimento de Santarém. A desclassificação veio depois que os Sindicatos dos Médicos (delegacia local), dos Enfermeiros e o CRM denunciaram a falta de transparência do Instituto na administração do hospital de campanha, o que culminou com o bloqueio de um milhão de reais do IPG pela justiça.
O Ministério Público acusou o IPG de desobediência à ordem judicial por não disponibilizar em seu site informações completas e detalhadas dos recursos públicos que recebe do governo estadual para os serviços de saúde para os quais foi contratado.
“Nós denunciamos a falta de transparência do IPG para o MPE e MPF e eles agora não vão mais poder administrar a UPA. Foram desclassificados da licitação”, comemora a médica Nastia Irina Souza, delegada sindical do Sindmepa em Santarém.
“Esse resultado corrobora as denúncias encaminhadas pelo Sindicato dos Médicos, dos Enfermeiros e CRM Santarém, mostrando que a empresa não tinha um perfil adequado para o gerenciamento de instituições de saúde”, afirma o assessor jurídico do Sindmepa, Eduardo Sizo. “O afastamento da empresa pode resultar na impossibilidade de concorrer a novos certames licitatórios. E também pode repercutir no hospital de campanha de Altamira, já que a empresa administra o hospital”, acrescenta Sizo.
A seleção do IGP para administrar o Hospital de campanha de Altamira foi publicada pela Prefeitura municipal no dia 25 de junho deste ano.