O Sindmepa esteve presente no último dia 11 à mesa de Negociações de Reajuste Salarial realizada entre a Prefeitura Municipal de Parauapebas e os Sindicatos dos Servidores Públicos Municipais de Parauapebas (Sinseppar), dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) e Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Pará (Senpa). O governo apresentou o percentual de 8% de reajuste (recusado em Assembleia do Sinseppar), além de vale alimentação de R$ 500,00 (12,3%). Os servidores reivindicam 10% de reajuste, além do aumento do vale alimentação.
Na ocasião, também foi prometido que será apresentado estudo de impacto dos reajustes na folha de pagamento a partir de maio, quando deverá entrar em vigor o reajuste judicial ganho pelo Sinseppar na justiça.
Representantes dos sindicatos presentes à reunião apontaram várias pendências da saúde e educação que impactam na qualidade do trabalho e geram insatisfação nas categorias respectivas. O Sindmepa, representado pelo diretora Verônica Costa, mostrou as dificuldades no atendimento médico que ainda apresenta muita precariedade por falta de organização, insumos e educação permanente dos profissionais envolvidos, principalmente nos serviços de Urgência e Emergência e Atenção Básica.
Apesar da quantidade de médicos contratados pela nova Gestão ainda há uma grande carência de profissionais especializados, sobrecarregando os poucos existentes no quadro funcional da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), sobretudo na Pediatria, Clínica Médica, Clínica Cirúrgica e Terapia Intensiva. A situação mais crítica encontra-se na Pediatria, onde não existe plantonista na internação pediátrica, bem como na sala de parto ou pronto socorro. Muitas vezes havendo pressão para que o pediatra da Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal ou o plantonista da Clínica Médica atendam as intercorrências, contrariando normas do Conselho Federal de Medicina e Portarias do Ministério da Saúde.
Outro ponto de insatisfação grave com a nova gestão é a falta de pagamento do mês de janeiro, pois como a maior parte dos médicos da Semsa são contratados (somente cerca de 15% atualmente são efetivos), em janeiro a maioria estava sem contrato e por solicitação do Secretário de Saúde mantiveram-se em seus postos de trabalho. Entretanto, não houve assinatura de contrato em janeiro da maioria dos médicos e não houve ainda explicação de como será feito o pagamento deste mês. Outros profissionais chamados em caráter de urgência para compor o quadro de plantão de setores como internação de Clínica Médica, UTI, Cirurgia e Ortopedia no HGP, também continuam sem contrato e sem garantia de recebimento de salário dos períodos trabalhados.