Dirigentes da Federação de Médicos da Amazônia (Femam) aprovaram hoje, em Assembleia Geral Extraordinária, no Sindmepa, a proposta de desfiliação da entidade da Federação Nacional dos Médicos (Fenam). Participaram representantes de cinco Estados da região Norte que compõem a entidade da Amazônia. Além do Pará, aprovaram a desfiliação representantes dos sindicatos de médicos do Acre, Roraima, Rondônia. O Amapá ainda vai votar a proposta no início de julho.
Nos quatro Estados que aprovaram a desfiliação foram realizadas Assembleias específicas para se discutir esse único ponto de pauta, sendo a proposta aprovada por unanimidade nas plenárias. No Amapá, a decisão ainda será submetida à Assembleia, mas a diretoria do Sindicato dos Médicos daquele Estado já deliberou a favor da desfiliação, segundo o diretor, Fernando Nascimento. Apesar de convocado formalmente, o Sindicato dos Médicos do Amazonas não enviou representante à AGE da desfiliação.
A AGE foi aberta oficialmente pelo novo presidente da entidade, Wilson Machado, do Pará, que saudou os presentes e liberou a palavra para que cada um se apresentasse e expressasse livremente sua opinião sobre o tema. Todos foram unânimes em afirmar que é insustentável a manutenção da Femam como filiada à Fenam sendo parabenizados pelo presidente que reafirmou não haver “as mínimas condições políticas e administrativas de permanência da Femam e dos sindicatos de base junto à Fenam”.
O diretor financeiro da Femam, Waldir Cardoso, declarou que isso “não é motivo de comemoração e sim um momento triste pela fragilização do movimento médico nacional, pois a Fenam e as Federações Regionais tinham o reconhecimento nacional da categoria antes desta grave crise no movimento médico sindical”. Cardoso ressaltou, porém, que a decisão era necessária e servirá para fortalecer ainda mais a Femam e os sindicatos médicos da região Norte.
