O presidente da Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL), Carlos Alberto Schmitt de Azevedo, que participou do evento de fundação da Federação Médica Brasileira, destacou que, apesar de trabalhar sempre pela unidade, “quando os objetivos pessoais ultrapassam os objetivos do coletivo como, me parece, aconteceu, com desregramento inclusive estatutário, aí não tem outra saída a não ser tentar organizar de uma outra forma”.
Presidente de uma entidade representativa de 51 categorias profissionais brasileiras, que hoje agrupa 28 federações e possui na base 500 sindicatos, Azevedo afirma que a criação de uma nova federação, em “hipótese alguma” fere o princípio da unicidade sindical.
“Não vemos isso como pluralidade sindical, mas como desmembramento e, em hipótese alguma, como quebra de unicidade sindical”, explicou. “Os médicos estão de parabéns por tentar se organizar novamente numa federação nacional, que vai lutar pelos interesses coletivos da categoria”, acrescentou Azevedo.
A CNPL possui 63 anos e, segundo o IBGE os sindicatos da sua base representam 15 milhões de profissionais brasileiros, o que garante maior legitimidade à entidade. “A CNPL vem ao ato de fundação da FMB para ser solidária e colocar sua estrutura ao lado da nova federação”, disse o sindicalista para os médicos reunidos em Belém.
Agendas defendidas pela CNPL vão ao encontro das organizações médicas, ressaltou ele. Entre elas, estão a defesa da qualidade da medicina contra o Mais Médicos e a Carreira de estado para médicos. “Quando houve a abertura do mercado de trabalho para os cubanos com o Mais Médicos, a CNPL defendeu, no Ministério do Trabalho, a mesma reciprocidade para médicos brasileiros em outros países, resumiu.