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Política de transplantes no Pará continua estagnada

Quando o assunto é transplante de órgãos no estado do Pará, pouco temos a comemorar. A primeira reunião do ano do Grupo de Trabalho de Transplantes do estado, realizada neste mês, mostrou um quadro bem parecido com o do ano passado. Filas de espera enormes de pacientes para transplante de rim e de córnea. Pouca evolução no número de transplantes e baixíssimo índice de doadores. Com 3,3 doadores a cada um milhão de habitantes, ainda exibimos o pior índice de doadores da região Norte. No ano passado, no Piauí, o índice era de 5,1 doadores e no Amazonas 5,4.

Apesar do relatório da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará – Sespa, apresentado na reunião do GT afirmar que o povo paraense, quando abordado de maneira segura e positiva, aceita fazer a doação de órgãos, essa não é uma política levada a sério no estado.

Muitas das doações não chegam a tempo a quem precisa, tornando a espera bastante exaustiva e a fila de espera cada vez mais longa. Uns esbarram na falta de materiais para captação ou armazenamento do órgão doado, enquanto que outros na falta de logística para encaminhar a doação a Belém, como no caso dos hospitais distantes da capital paraense.

Nos últimos quatro anos o número de transplantes de córnea vem diminuindo expressivamente. De acordo com o relatório da Sespa, em 2012 foram realizados 285 transplantes de córnea no estado, enquanto que em 2015 foram realizados 182 transplantes e a lista de espera em 2015 chegou a 1044 pessoas.

O número de transplantes de rim teve um ligeiro aumento, pulando de 49 em 2012 para 53 transplantes em 2015 e a lista de espera no ano passado chegou a 533.

Dados no Brasil

Dados da Associação Brasileia de Transplante de Órgãos (ABTO) afirmam que o Brasil registrou a primeira queda em 10 anos no número de transplantes de rins – o mais realizado no País. No total, em 2015 foram 5.549 transplantes, uma queda de 1,8% em relação ao ano anterior.

Atualmente, cerca de 31 mil brasileiros estão aguardando transplantes. Segundo o presidente da ABTO, Roberto Manfro, esta fila tende a aumentar “porque não conseguimos fazer transplantes que atendam a necessidade”, diz. Em 44% dos casos de morte encefálica a família se recusa a fazer doação de órgãos.

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