Os médicos do Hospital de Urgência e Emergência de Marabá estão com atrasos nos pagamentos de plantões há três meses. A empresa responsável, Humanitar, e a Prefeitura de Marabá (Secretaria Municipal de Saúde), não dão informações e nem sinalizam a vontade de resolver; por conta do descaso do município e da empresa Humanitar com os médicos, a relação vem se agravando e pode resultar na paralisação total das atividades.
No Hospital Materno-Infantil, a ameaça de suspensão dos plantões por parte dos médicos obstetras que prestam serviço à Humanitar, por conta da falta de pagamento dos plantões dos últimos três meses e outras mazelas, parece que deu resultado. Na última quarta, 5, o próprio prefeito de Marabá fez a promessa de regularização das condições de pagamento a um dos médicos do movimento paredista. A notícia reacendeu a esperança na categoria, que manterá o estado de greve até que a promessa comece a ser cumprida. Além do atraso nos pagamentos, a categoria protesta, também, contra a diminuição da equipe de plantonistas; sobrecarga de trabalho, falta de instrumentos e instrumentadores cirúrgicos e aumento da jornada de trabalho.
A paralisação foi comunicada por carta, ainda em setembro à empresa Humanitar, ao CRM e ao Ministério Público do Estado e à Secretaria Municipal de Saúde. A situação é caótica e de absoluta responsabilidade do prefeito, do secretário municipal de saúde e da empresa Humanitar, contratada para a prestação dos serviços.
O Sindicato dos Médicos enviou sua assessoria jurídica ao município para reunir com os médicos e tomar as providências necessárias para buscar uma solução para o problema, se necessário pela via judiciária.