Uma campanha educativa permanente para estimular a doação de órgãos no estado foi a proposta do Sindmepa em reunião de lançamento da Campanha Estadual de Doação de Órgãos e Tecidos – 2017, convocada pela Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO) do Pará na manhã de segunda-feira, 17. A estagnação dos transplantes de rins e córneas no Pará é o maior desafio da Central, que convocou parceiros para discutir o problema. O Sindmepa propôs a realização da campanha permanente para ressaltar a importância da doação de órgãos para salvar vidas.
Para o diretor do Sindmepa, João Gouveia, uma campanha de educação propositiva, usando-se principalmente as ferramentas de internet, seria fundamental para mudar as estatísticas de transplantes no estado. “É preciso que as pessoas tenham consciência que, muitas vezes, um único doador pode salvar ou ainda mudar a vida de até sete pessoas”, disse Gouveia. Ele acrescentou que levará o assunto também ao Conselho Estadual de Saúde e que a discussão deve se estender ainda aos conselhos de saúde dos 144 municípios paraenses. O Sindmepa pautará, ainda, no Conselho Estadual de Saúde para que seja cobrada do governo a apresentação do Plano Estadual de Doação Captação e Transplantes de Órgãos e Tecidos.
O gráfico de transplantes no estado do Pará, de acordo com a CNCDO, vem se mantendo numa linha praticamente estática desde 2011, quando foram realizados 55 transplantes de rins e 160 de córnea. No ano passado, foram 57 de rins e 195 de córneas. A necessidade estimada de transplantes de rins é de 491 e de córnea, 736 transplantes.