A Defensoria Pública da União (DPU) tem organizado, junto ao Sindicato dos Médicos do Pará e o Conselho Regional de Medicina, uma série de visitas aos hospitais com atendimento oncológico no Estado para conhecer a situação deste tipo de atendimento no Pará.
O diretor do Sindmepa José Martins acompanhou as visitas que ocorreram nos hospitais Ophir Loyola, Oncológico Infantil Otávio Lobo e no Hospital Universitário João de Barros Barreto. A constatação é que dentre os hospitais visitados o Ophir Loyola é o hospital que se encontra em situação mais precária no que diz respeito ao atendimento oncológico.
No local, além da falta de medicamentos oncológicos e do transtorno gerado em virtude do grande número de aparelhos quebrados, pacientes e acompanhantes ainda precisam lidar com a falta de privacidade ao serem alojados em leitos mistos, ou seja, homens e mulheres dividem o mesmo quarto de internação.
De acordo com o diretor, o hospital Barros Barreto possui estrutura mais digna em comparação ao Ophir Loyola. Apesar de também possuir equipamentos quebrados, com promessas de que serão consertados, o local possui espaço para alojar os pacientes e possibilita privacidade para os mesmos.
Em comparação aos outros dois hospitais visitados, o hospital Oncológico Otávio Lobo possui uma realidade totalmente diferente. Gerenciado por uma Organização Social (OS), o local possui serviços que funcionam bem, equipamentos e medicamentos. “Com isto, o estado mostra que é incompetente para gerir a saúde pública”, afirma o diretor José Martins, explicando que os Hospitais Ophir Loyola e Barros Barreto possuem condições de oferecer atendimento de qualidade a população, do mesmo modo como o hospital Otávio Lobo, basta que haja maior interesse da gestão.
A DPU ainda deve organizar visitas aos hospitais oncológicos de Santarém e Parauapebas e posteriormente apresentar relatório acerca da situação dos hospitais que prestam este serviço no Pará.
Imagem : Agência Pará