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Médicos que Inspiram: Dra. Helena Brígido!

Não é novidade para ninguém que mulheres são capazes de desenvolver, com bastante eficácia, várias tarefas ao mesmo tempo. Mas merece destaque, nesse mês que homenageia a Mulher, a história da médica Helena Brígido. Por isso mesmo ela abre a série Médicos que Inspiram.

Infectologista, professora da UFPA e do Cesupa, mestra em Medicina Tropical, atende na Casa Dia cuidando de pessoas com HIV/Aids e na Unimed Belém. Mesmo com todas essas atividades, decidiu se graduar em Direito, fez pós-graduação em Direito médico e proteção jurídica à saúde e, ainda na graduação, engatou um doutorado em Medicina Tropical. Recentemente, passou no exame de ordem da OAB. Dra. Helena é diretora do Sindicato dos Médicos do Pará e reserva um tempinho para fazer aulas de dança e passear com a família. Um exemplo clássico de como mulheres podem ser multifacetárias, sem perder a leveza e a alegria de viver.

Sobre como fazer tantas tarefas ao mesmo tempo sem perder o foco, responde: “apesar de ter várias atividades, basta conciliar o tempo. Às vezes perco o foco, sim. Sou normal”. Com relação a dar aulas, resume: “além de repassar conhecimentos técnicos de epidemiologia, doenças infecciosas e o acolhimento ao paciente, é muito bom sentir a energia de alunos em formação”.

A vontade de fazer Direito surgiu “pela oportunidade de entender e aprofundar o conhecimento da sociedade e uma outra forma de inserção para contribuir para a busca dos direitos de todos”. Terminou o Direito e não pensava em fazer a prova da OAB. Mas não se despreza um conselho de mãe: “Depois de cinco anos, não vais fazer a Prova da OAB? Vai, sim!”. Decidiu fazer e nem acreditava que pudesse passar. “Fiz e só acreditei no resultado quando recebi o e-mail de Certificado de Aprovação. Confesso que teve um gosto especial”. Depois de formada, ingressou na Comissão de Saúde da OAB esperando contribuir com os propósitos do grupo.

Ainda estava na faculdade de Direito quando surgiu o desafio do Doutorado. “A carroça passa na nossa frente, nas mesmas condições, apenas uma vez na vida”, filosofa.

Sobre a mulher na política, afirma que a maioria das mulheres são, sim, politizadas a desejam estar presentes nas grandes decisões de rumo do Brasil: “Pode até não demonstrar, mas não tem como não querer participar ativamente do movimento político e complexo em nosso dia a dia no Brasil. Pode até não conseguir, sofrer pressões, mas a mulher quer sim, estar presente nas decisões ao redor”.

Quanto ao mercado de trabalho, acredita que na medicina a mulher consegue superar a diferença salarial entre homens e mulheres frequente em outras profissões. “Pode parecer inconsistente com a divulgação de que mulheres ganham menos que homens, mas não percebo isso. Convivo em vários meios e não observo pessoas do mesmo nível de funções com salários diferentes por questões de ser masculino ou feminino”, afirma.

Sobre como superar limitações no mercado de trabalho, ela recomenda: “as mulheres devem mostrar, sem medo, que possuem potencial trabalhista tanto quanto o homem, e com habilidades aguçadas de sensibilidade para originar estratégias de aperfeiçoamento de trabalho”.

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