O Núcleo Acadêmico e a diretoria colegiada do Sindicato dos Médicos do Pará vêm a público manifestar apoio às reivindicações dos estudantes do curso de medicina da Universidade do Estado do Pará (Uepa) por melhores condições de ensino. Os estudantes de medicina paralisaram suas atividades acadêmicas e fecharam a avenida Almirante Barroso na última sexta-feira numa ação legítima para chamar a atenção da opinião pública sobre as precárias condições de funcionamento do curso. Acesso imediato à Policlínica, reativação do Ambulatório de Especialidades e a contratação de professores são as principais reivindicações dos estudantes.
O contrato que indica a participação da UEPA na Policlínica foi lançado em 2018 e, no entanto, desde o início do período letivo os estudantes permanecem sem acesso ao espaço, que já foi terceirizado pelo estado, prejudicando o prosseguimento de vários módulos, e sem a efetivação de prazos para ingresso dos estudantes. Dessa forma, espera-se que o acesso dos alunos à Policlínica seja efetivado o mais rápido possível.
Outro ponto destacado pelos acadêmicos é o funcionamento do ambulatório de especialidades do Campus II do CCBS, que foi interditado em dezembro do ano passado e ainda não dispõe do aval oficial da engenharia civil para o retorno das atividades no local, embora algumas turmas estejam usando o ambulatório, mas sem o respaldo da área física da Universidade.
Outro ponto importante apontado é a falta de professores em diversas turmas, especialmente nas disciplinas de pediatria, ginecologia e obstetrícia, bem como a presença de preceptores para acompanhar os alunos nas unidades básicas de saúde. Vários professores da instituição saíram para mestrado ou doutorado, outros se desvincularam da instituição por questões pessoais e o concurso promovido pela Uepa não atende às necessidades do curso, já que foram abertas somente duas vagas para professor de medicina, um número muito aquém da necessidade.
É urgente que o governo do estado tome providências para resolver os problemas do curso de medicina da Uepa sob pena de prejudicar toda uma geração de acadêmicos e ainda interromper uma tradição de formação de médicos que já vem de mais de quarenta anos, desde que a antiga Femp implantou o curso de medicina em Belém em 1971. O Sindmepa e o seu Núcleo Acadêmico Exigem providências imediatas. #MedicinaUepa#EducaçãodeQualidade.