Os diretores do Sindmepa, Wilson Machado, Waldir Cardoso e João Gouveia, juntamente com o presidente da Federação Médica Brasileira, Casemiro Reis, visitaram na manhã desta sexta-feira, 15, o Hospital Santa Casa de Misericórdia do Pará. Os representantes foram recebidos e guiados pela coordenadora de clínica médica, Nelma Machado e a diretora de planejamento estratégico, Walda Valente entre os principais atendimentos do hospital, como ultrassom, psicossocial, acolhimento de internação, classificação de risco, sala vermelha e pré-parto.
Em fevereiro deste ano, a Santa Casa foi recertificada com o selo de Acreditado Pleno, o ONA 2. A Acreditação ONA possui certificações em três diferentes níveis, o que permite avaliar o trabalho de forma continuada. O Nível 2 é denominado ‘Acreditado Pleno’, quando cumpre em 80% ou mais os padrões de qualidade e segurança; e cumpre em 70% ou mais, os padrões ONA de gestão integrada. Para os diretores do Sindmepa, o Hospital faz por merecer o reconhecimento, porém continua faltando com os médicos que prestam serviços na unidade.
“Nós visitamos à Santa Casa, hospital de excelência reconhecido nacionalmente, que faz jus ao título de acreditação. Mas entendemos que diante disso, é preciso valorizar mais os seus servidores, particularmente os médicos, objeto do trabalho do Sindmepa, onde algumas gratificações que complementam o salário base, que não é o ideal, precisam ser transformadas em Lei, como é o caso da GAC. Para que assim o trabalho de excelência que é prestado de fato seja reconhecido pela gestão. Nós esperamos que isso em breve seja viabilizado pelo presidente, conforme sua promessa há um ano atrás, junto ao Governo e a Assembleia Legislativa”, frisa Waldir Cardoso.
Durante a visita, os representantes do Sindmepa e da FMB puderam conhecer a rotina dos médicos, do atendimento aos pacientes e as dificuldades enfrentadas no hospital. Atualmente o hospital conta com nove obstetras e cinco residentes e a UTI neonatal possui 61 leitos para internação. Segundo Walda Valente, o índice de mortalidade materna cresceu durante a pandemia de covid-19, assim como vários outros indicadores, mas a situação está voltando à normalidade.
O hospital conta ainda com UTI materna, acompanhamento neonatal de risco, transplante renal pediátrico e serviço de excelência em cirurgia pediátrica infantil. Para o presidente da FMB a visita foi positiva, entretanto é preciso dar mais atenção aos médicos plantonistas.
“Um serviço muito bem organizado, todos os processos bem definidos, seguindo os protocolos adequados. Tem uma deficiência nas escalas de plantões que precisam ser cobertas. Muitas escalas são cobertas com plantões extras dos médicos que levam a sobrecarga de uma estafa da equipe, mas no geral, perto da realidade de outros hospitais do Sistema Único de Saúde que a gente tem visto no Brasil, vemos que o hospital está muito bem organizado e estruturado. Esse é o tipo de hospital que o Sistema Único de Saúde precisa e merece para dar um atendimento humanizado, atendimento tecnicamente qualificado para o povo brasileiro”, pontua Casemiro Reis.