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Integrantes do Mais Médicos pedem melhorias nas condições de trabalho

O Sindicato dos Médicos do Pará ouviu os integrantes do Programa Mais Médicos na noite desta terça-feira (27), em Assembleia Geral Extraordinária. A avaliação dos médicos sobre o programa inclui pedidos de melhorias nas condições de trabalho, revisão do valor de desconto referente ao INSS, mais apoio das gestões municipais e flexibilidade nas disciplinas da pós-graduação obrigatória. Todos os pontos discutidos durante a AGE serão enviados à Federação Médica Brasileira (FMB) para compor um documento que será apresentado ao Ministério da Saúde.

Os diretores do Sindmepa, Waldir Cardoso e Paulo Bronze ouviram as demandas dos médicos sobre os aspectos que devem ser aprimorados no programa, como parte do plano de ação da Federação Médica Brasileira, para reivindicar melhorias nas condições de trabalho dos médicos nos estados brasileiros.

Em junho deste ano, o Ministério da Saúde reajustou em 8,4% a bolsa dos profissionais do Programa Mais Médicos. Com esse reajuste, o valor líquido, que era de R$ 11.530,04, passou a ser R$ 12.500,80. Porém, o reajuste provocou o aumento de 11% no desconto referente ao INSS, que passou de R$856,46 para R$ 1.557,20.

Os médicos que atuam no Pará também relataram a falta de condições básicas nos locais de atendimento, como falta de energia elétrica, fornecimento de água e internet. Segundo os profissionais, todas as questões são enviadas, quase que diariamente, aos coordenadores do projeto, mas não há retorno. Além disso, há casos onde os coordenadores não são profissionais médicos.

Outra reivindicação dos médicos diz respeito a falta de apoio das gestões municipais em melhorar as condições nos locais de trabalho. Os valores referentes a ajuda de custo ofertada pelo município, que deveriam incluir moradia, alimentação e internet, hoje estão abaixo do necessário para manter os gastos com moradia e alimentação.

A falta de acesso à internet de qualidade no interior do Estado também foi destaque na Assembleia. Os serviços não são ofertados pelo programa e nem pelo município, obrigando os médicos a arcarem com os custos adicionais.

Sobre a obrigatoriedade de realização de pós-graduação e cursos online, os médicos pedem o retorno do modelo EAD, onde as aulas podem ser acessadas a qualquer momento do dia. Atualmente, a obrigatoriedade de comparecer às aulas online ao vivo inviabiliza a participação da maioria dos profissionais. De acordo com os médicos, a graduação online exige 8h de acesso semanais, sendo 4h para os módulos assíncronos: redação, interação no fórum e leitura do material; e mais 4h para os módulos síncronos: reuniões semanais.

Além disso, médicos que já concluíram a pós-graduação em Saúde da Família e renovaram para mais um ciclo no programa estão sendo direcionados a concluir uma nova especialização em Saúde da Família e Comunidade. Em vez disso, os profissionais sugerem a possibilidade de cursar a especialização em outra área do conhecimento médico, cumprindo assim a atualização proposta pelo Governo.

Os médicos do programa também relataram a obrigatoriedade de gravar as consultas médicas. Hoje, médicos e pacientes devem assinar o documento autorizando a gravação. Contudo, a medida não conta com a aprovação dos profissionais.

Todos os pontos discutidos em AGE serão também apresentados durante a Assembleia Geral Extraordinária que será realizada pela FMB, no dia 4 de setembro, às 19h30, com a presença de integrantes do Programa Mais Médicos de todo o Brasil.

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