O aumento nos preços de medicamentos ocorre sempre em 31 de março de cada ano, conforme regulamentação da Lei 10.742/2003, que define diretrizes para a regulação de preços. Neste ano, os medicamentos terão o menor reajuste médio desde 2018, de acordo com a resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), publicada no Diário Oficial da União.
O aumento máximo será de 5,06%, equivalente à inflação acumulada nos últimos 12 meses, embora esse percentual impacte apenas cerca de 7% dos medicamentos. Vale destacar que o reajuste não é automático, sendo aplicado gradualmente, conforme reposição dos estoques nas farmácias.
Os medicamentos são divididos em três grupos, conforme o grau de concorrência no mercado, com reajustes variando entre 2,6% e 5,06%:
Nível 1: 5,06%
Nível 2: 3,83%
Nível 3: 2,6%
Esses percentuais são os mais baixos desde 2018, quando os aumentos de nível 2 e 3 foram menores. O aumento de 5,06% no nível 1 é superior ao de 2024 (4,5%), mas inferior ao de 2023 (5,6%).
Como é feito o cálculo do reajuste
O cálculo do reajuste é baseado na inflação oficial (IPCA) entre março do ano anterior e fevereiro do ano atual. Além disso, são considerados três fatores:
Fator X: produtividade da indústria farmacêutica.
Fator Y: custos de produção não medidos pelo IPCA, como tarifas de energia e variação cambial.
Fator Z: a concorrência no mercado de cada medicamento.
Para 2025, a Cmed anunciou um ganho de produtividade de 2,459%, e o fator Y ficou negativo, não impactando o reajuste.
A medida entra em vigor nesta segunda-feira (31) de março e afeta os preços à medida que as farmácias repõem os estoques.