Insatisfeitos com as condições de trabalho, a remuneração e as arbitrariedades da atual direção, médicos e odontolegistas do Instituto Médico Legal do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPCRC) de Belém cruzaram os braços desde a zero hora desta segunda-feira.
A categoria pede melhoria nas condições de trabalho e implementação do Plano de Carreira, Cargos e Remuneração (PCCR) específico para os médicos e odontolegistas do IML. Além disso, os profissionais alegam que a direção do CPCRC tem cometido irregularidades, como o desvio de função de peritos odontólogos e a tentativa arbitrária de transferência de médicos para outros municípios do Estado, contrariando concurso público que aprovou os profissionais para exercerem as atividades na cidade de Belém.
De acordo com o odontólogo Luiz Otávio Barbalho, as condições de trabalho atuais são degradantes. |Há plantões de 15 horas que temos que cumprir sem dispor de banheiros, refeições e nem um local adequado para descansarmos durante o intervalo|, comentou o dentista.
Os manifestantes disseram ainda que o atual diretor, Humberto Sena, tem se recusado a negociar. |Esta paralisação tem exatamente as mesmas reivindicações das anteriores, o que indica que nós apenas fomos enganados das outras vezes|, afirmou José Martins Neto, médico do CPCRC. Armando Dourado, presidente do Sindicato dos Odontologistas do Pará, vai além e garante que a situação do diretor do CPCRC é insustentável.