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CFM fará campanha contra escalpelamentos na região Norte

Com objetivo de diminuir os casos de escalpelamentos na região Norte do país, orientando a população ribeirinha a se transportar com segurança, o Conselho Federal de Medicina, por meio da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), está organizando uma vasta campanha publicitária.

Ontem, foi realizada uma reunião ampla com representantes dos vários órgãos ligados à questão, entre eles a Secretaria de Estado da Saúde do Pará, Marinha Brasileira, Ministério da Educação e Associação de Vítimas de Escalpelamento. O médico Waldir Cardoso, diretor do Sindmepa, que é conselheiro do CFM, participou da reunião.

A CAS é presidida pelo dr. Henrique Batista, Secretário Geral do CFM, e Coordenada pelo médico Ricardo Paiva, ícone da luta pelos direitos sociais no movimento médico. “A proposta é trabalhar de forma articulada, a fim de prevenir acidentes desta origem, que fez centenas de vítimas, nos últimos anos, nos Estados do Pará e Amapá”, afirma Waldir Cardoso. Só no Pará foram 391 vítimas desde 1979.

O escalpelamento é causado pelo eixo que transfere a força do motor à hélice e que passa pelo meio dessas embarcações. Como em muitas delas a engrenagem não é coberta por nenhum tipo de proteção, o escalpelamento acontece quando os cabelos da passageira se enroscam no eixo, que continua a girar, arrancando o couro cabeludo.

A proposta do CFM é mostrar a importância das mulheres prenderem o cabelo nessas viagens. A campanha também incentivará os barqueiros a cobrirem o eixo do motor, o que é feito de forma gratuita pela Marinha, mas que, por medo de represálias, os donos dos barcos acabam fugindo da fiscalização.

Participaram da reunião a Coordenadora de Mobilização Social, Socorro Silva; e a nutricionista Dione Cunha, representantes da Secretaria Estadual de Saúde do Pará. Ambas apresentaram o Programa de Prevenção de Escalpelamento por acidente de motor da Sespa e informações sobre o histórico de trabalho da Secretaria no enfrentamento do problema. Foi apresentada ainda a portaria de 2008, que criou a Comissão Estadual de Erradicação dos Acidentes com Escalpelamento no Estado do Pará e os avanços obtidos até o momento com o trabalho. O Pará tem 391 casos catalogados e atendidos desde 1979.

Todo o financiamento da campanha será responsabilidade do CFM, que também aprovou a solicitação de audiência com o Ministro da Saúde e a realização de audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir o assunto.

“A iniciativa é uma demonstração cabal do compromisso do CFM e dos médicos com a saúde pública, particularmente, daqueles que mais precisam”, resume Waldir Cardoso.

 

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