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Abelardo Santos não tem intensivistas para atender pacientes graves

A falta de intensivistas para atender pacientes internados na sala de graves do hospital Abelardo Santos, em Icoaraci, é um dos problemas identificados por diretores do Sindmepa em visita técnica àquele hospital. Além de atender as urgências, os clínicos de plantão precisam se desdobrar em atender também os pacientes graves, que precisariam de atenção integral de intensivistas, o que acaba afetando a segurança de médicos e pacientes.

Problemas como esses foram identificados na última visita técnica feita ao hospital, na semana passada, pelos médicos Carlos Sinimbú, Douglas Vasconcelos e Lafayette Monteiro, diretores do Sindmepa. Eles foram recebidos pela diretora geral do hospital, Vera Cecim e pelo diretor administrativo, Flávio Santiago.

Os médicos constataram que a estrutura física do hospital é precária e necessita de reformas, faltam leitos e pacientes continuam nos corredores; na área materno-infantil, o hospital dispõe de uma UCI com dez leitos em bom funcionamento, mas os plantonistas reclamam da falta de uma sala para descanso.

Em relação à situação funcional dos médicos, a maioria são concursados, mas cerca de 30% são contratados, sendo que muitos desses trabalham sem qualquer vínculo empregatício com a instituição. Cerca de 95 médicos trabalham no Abelardo Santos, entre clínicos, anestesistas, pediatras, traumatologista, cirurgião vascular. Além desses, outros prestam atendimento ambulatorial nas especialidades de dermatologia, pneumologia, gastro, cirurgia geral, geriatria, etc.

Com a construção do novo prédio, cujo início vem sendo anunciado para os próximos meses, a diretora informou que os setores materno-infantil e de clínicas serão transferidos para o hospital São Lucas, permanecendo no prédio do Abelardo somente o atendimento de urgência e emergência.

Diante da tradição do governo do Estado em terceirizar a gestão dos hospitais estaduais, os médicos do Abelardo já temem pelo seu futuro caso uma OS assuma o estabelecimento. Com as OS, as contratações passam a ser através de pessoa jurídica ou mesmo pessoa física, com a assinatura de contratos e os médicos concursados acabam sendo “devolvidos” à Sespa para sua alocação em outras unidades, o que gera insegurança entre os profissionais.

 

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