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Estudantes e médicos do Pará unidos pelo Revalida Sim

Acadêmicos de medicina atenderam ao chamado do Movimento Revalida Sim do Pará, e lotaram ontem à noite o auditório do Sindmepa em um debate que discutiu o tema que vem mexendo com a comunidade médica brasileira: a possibilidade de facilitação do ingresso e atividade em território brasileiro de médicos com diplomas emitidos em outros Países.

Todos os presentes concordaram que o problema de fixação de médicos no interior é grave e precisa de soluções urgentes, mas que a importação de médicos não é a melhor saída. O Revalida é o exame que os formados em medicina em outros países precisam fazer para comprovar sua aptidão e qualificação para exercer a profissão em território brasileiro. Entre 2011 e 2012 só 10% dos médicos que se submeteram ao Revalida foram aprovados no Exame.

Com a experiência de membro do Conselho Nacional de Saúde, do CFM e da Fenam, o diretor do Sindmepa Waldir Cardoso alertou a comunidade acadêmica e os médicos para que fiquem atentos porque se a comunidade não se mobilizar há o risco de ser aprovada a proposta de revalidação automática no Brasil.

João Gouveia, também diretor do Sindmepa, defendeu que a atração de médicos de outros países faz parte de uma estratégia do governo para desvalorizar a mão de obra médica no País. “Nosso movimento não é partidário, mas é político e nós precisamos nos unir para barrar essa tática de desvalorização do nosso trabalho”, disse.

DISTORÇÕES

O vereador de Belém, Abel Loureiro, que é médico, disse que nos últimos dez anos as estatísticas apontam que 50% dos médicos que ingressaram para trabalhar no Brasil estão fixados em São Paulo.

A distorção geográfica da localização de médicos no Brasil já foi apontada no estudo Demografia Médica brasileira, divulgado este ano pelo CFM. Por falta de condições de trabalho, infraestrutura e plano de carreira médica, os profissionais migram para os grandes centros deixando descobertas áreas rurais e periféricas. No Pará, a distorção é visível. A estatística estadual aponta 0,8 médico por 1.000 habitantes, enquanto a capital concentra 3,4 por 1.000 habitantes.

“Os médicos não ficam no interior por falta de uma política séria de fixação, com condições de trabalho adequadas, remuneração digna e plano de carreira de Estado”, disse Gouveia, informando que o Sindmepa já tem quase 10% dos municípios paraenses inscritos em seu cadastro de mal pagadores.

Outros médicos presentes também se manifestaram. A presidente do CRM-Pará, Fátima Couceiro, disse que é “imoral” achar que a solução do problema saúde pública no Brasil é a importação de médicos com diplomas de outros países. “Não há médico no interior porque não tem condições de trabalho, porque o médico não tem segurança pra trabalhar no interior”, disse. “Denunciaremos à polícia Federal médicos atuando em nosso território sem validação de diploma”, declarou.

Estudantes também se manifestaram no debate, expondo suas dúvidas e preocupações. Uma das lideranças do Movimento Revalida Sim no Pará, Thais Barros, da UFPA, conclamou a todos a se juntarem ao movimento e disse que o objetivo é uma saúde com mais qualidade para o Brasil. “Não somos contra estrangeiros, mas defendemos que todos comprovem sua qualificação”. Natasha Mourão, do Cesupa, disse que é preciso participar do movimento para demonstrar que a defesa da saúde de qualidade é fundamental. “Ninguém entregaria seu filho para um médico sem qualificação”, ressaltou.

O próximo ato do Movimento Revalida Sim no Pará é a manifestação no dia 25, na praça Batista Campos, onde os acadêmicos e médicos pretendem mostrar para a população a importância do Movimento.

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