Médicos Residentes do Estado do Pará poderão se engajar em possível paralisação estadual, caso essa medida seja aprovada em Assembleia Geral a ser realizada hoje à noite no Sindmepa. Os residentes realizaram a sua assembleia ontem, discutindo a falta de infraestrutura nos hospitais estaduais que oferecem residência médica e o seu possível engajamento na luta contra o Mais Médicos e aos vetos ao projeto do Ato Médico.
Distribuídos em seis hospitais, os residentes do Pará, que são cerca de 300 ao todo, reclamam da falta de condições nesses estabelecimentos para desenvolver suas atividades. O hospital que apresenta as piores condições de trabalho para os residentes é o João de Barros Barreto, que abriga em torno de 70 residentes. Os médicos disseram que o hospital não dispõe sequer dos insumos necessários para a realização de cirurgias. Além do Barros Barreto, oferecem Residência os hospitais Bettina Ferro, Hospital de Clínicas, Santa Casa, Ophir Loyola e UEPA.
Além de condições de trabalho, os residentes discutiram estratégias de resistência ao programa Mais Médicos e ao veto da presidente Dilma ao Ato Médico. Em relação à constituição da Associação dos Médicos Residentes do Estado do Pará (Amerepa), foi discutida a composição da diretoria e a revisão do estatuto. Para a próxima assembleia, marcada para o dia 12.08, foram pautados a aprovação do Estatuto e eleição da diretoria.
Os médicos residentes também se prontificaram a se engajar numa possível paralisação estadual, se for decidida na assembleia geral que será realizada hoje no Sindmepa. Já têm indicativo de paralisação os residentes dos serviços de oftalmologia do Hospital Universitário Bettina Ferro.
Imprensa Sindmepa