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Crianças são maiores vítimas do fumo

Nesse Dia Nacional de Combate ao Fumo, Belém comemora a redução de 47% do número de fumantes em um ano. A pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde confirma a resposta positiva das leis anti-fumo e a forte oposição dos não fumantes aos ambientes compartilhados com fumantes. Mas ainda temos muito a avançar para reduzir o impacto do tabagismo, principalmente entre as crianças, que são as mais prejudicadas pelo cigarro.

De acordo com dados da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), “na queima de um cigarro são liberadas mais de 4.000 substâncias na forma de gases e partículas. Algumas têm propriedades irritativas e mais de 60 são conhecidas como carcinogênicas (que podem provocar câncer) em humanos e animais. Os componentes gasosos da fumaça são o monóxido de carbono (principal constituinte), o dióxido de carbono, a amônia, o formaldeído, a acroleína, a dimetilnitrosamina e o hidróxido de cianeto. A porção particulada da fumaça é constituída de nicotina, alcatrão, benzeno e benzopireno”.

Além do comprometimento da própria saúde, fumantes contribuem com o acometimento de doenças por pessoas que estão à sua volta. “A fumaça, exalada pelo fumante é mais concentrada, contém maior umidade e mais substâncias voláteis, porém é menos tóxica do que a fumaça exalada do cigarro, produzida pela sua queima entre as tragadas ou quando este é abandonado ainda aceso”.

Entre os fumantes passivos, as crianças são os mais prejudicados por estarem ainda em fase de formação de sua constituição física. “Crianças expostas à fumaça do cigarro têm maior risco de apresentar doenças infecciosas do trato respiratório (bronquite, bronquiolite, crupe e pneumonia), otite média, asma, doenças cardiovasculares, distúrbios de comportamento e do desenvolvimento neurológico e câncer, principalmente do pulmão”.

O diretor do Sindmepa, João Gouveia, destaca que “o fumo é considerado hoje um dos maiores problemas de saúde pública, porque também adoece as pessoas à sua volta”. Comparado com o vício do álcool, destrutivo, porque destrói a vítima e a sua família, pode-se dizer que o fumo é ainda pior, ressalta Gouveia: “o fumo mata fumantes passivos. Todos acabam se tornando fumantes. E aí entramos na discussão do direito. Que direto um fumante tem de matar pessoas?”, observa o médico.

Em se tratando de saúde pública, a diminuição do número de fumantes no Brasil também vem contribuindo para a redução nos custos de serviços de saúde. Gouveia faz ainda um alerta para as mulheres fumantes. “As mulheres que fumam como os homens, morrem como os homens que fumam”. Dados mais preocupantes em relação ao contingente de fumantes feminino é que, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), entre as mulheres as campanhas de combate ao tabagismo têm efeito menor que entre os homens.

MORTES

Estudo do Inca mostra que: o fumo é fator causal de quase 50 diferentes doenças incapacitantes e fatais. Responde por 45% das mortes por infarto do miocárdio, 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema), 25% das mortes por doença cérebro-vascular (derrames) e 30% das mortes por câncer. E 90% dos casos de câncer de pulmão ocorrem em fumantes. Desencadeia e agrava condições como a hipertensão e diabetes. Também aumenta o risco das pessoas desenvolverem e morrerem por tuberculose. Mata 5 milhões de pessoas anualmente no mundo. No Brasil são 200 mil mortes anuais. Se a atual tendência de consumo se mantiver, em 2020, serão 10 milhões de mortes por ano e 70% delas acontecerão em países em desenvolvimento. É mais do que a soma das mortes por alcoolismo, AIDS, acidentes de trânsito, homicídios e suicídios juntos.

Com informações da UFCSPA e INCA

 

 

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