Em Assembleia Geral realizada ontem no Sindmepa, médicos aprovaram paralisação por um dia no Dia Mundial da Saúde, 7 de Abril, para marcar os protestos da categoria com relação aos problemas que a saúde enfrenta no Pará. Todos os anos, entidades médicas brasileiras promovem ações para marcar a data em todo o País. Em Belém, a categoria decidiu que fará um dia de paralisação na rede pública e privada, com café da manhã no Sindicato, Assembleia Geral às 10h e coletiva à imprensa, onde serão abordados condições de trabalho, remuneração e o programa Mais Médicos.
Os médicos avaliaram que Belém não se enquadra no perfil do programa do governo federal, já que a maioria dos médicos do Estado atua na capital. Diante disso, foi tirado indicativo de greve, caso a PMB insista com a proposta de incluir Belém no Programa. A prefeitura já avisou que vai avaliar a posição da categoria com relação ao assunto.
Os participantes da Assembleia também decidiram realizar outra AGE após reunião com a Secretaria Municipal de Administração (Semad) para avaliar os encaminhamentos da reunião a respeito do Plano de Carreira (PCCR), Realinhamento salarial e condições de trabalho. “Há uma série de distorções no município que precisam ser corrigidas. Há casos de profissionais que trabalham com a mesma carga horária e no mesmo setor ganhando salários diferenciados. Tudo isso precisa ser visto pelo poder público”, afirma o diretor administrativo do Sindmepa, João Gouveia.
As discussões em torno do PCCR vêm se arrastando há anos e também não saíram do papel na atual gestão; as unidades de saúde do município não dispõem de condições mínimas de trabalho; e a remuneração também é baixa para os profissionais que atuam na Sesma. Isso sem falar nos constantes atrasos na remuneração dos médicos. Todos esses temas serão alvo de debates na ação que será realizada no Dia Mundial da Saúde.