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Visita técnica constata carências na saúde de Salvaterra

A difícil realidade da saúde no Estado foi constatada mais uma vez em visita técnica do Sindmepa ao município de Salvaterra. Médicos trabalhando sem contratos, unidades sem medicamentos e sem condições de funcionamento e médicas cubanas sem poder trabalhar por ainda não terem sido notificadas pelo Ministério da Saúde. Essas são algumas das observações feitas pelo diretor do Sindmepa, Waldir Cardoso, no relatório de visita ao município.

Durante a visita, Waldir Cardoso foi recebido pela Secretária de Saúde do município, enfermeira Leila Cristina Freitas Maia que deu um panorama do quadro da saúde em Salvaterra. Atualmente, o município conta com três médicos e duas intercambistas cubanas, provocando sobrecarga dos profissionais. Município necessita urgente de médicos.

As Cubanas (Kátia e Keila) estão há dois meses no município sem poder trabalhar pois ainda não foram certificadas pelo Ministério da Saúde. Uma fala bem o português e outra se faz compreender com dificuldade. Serão as duas únicas do município. Vão trabalhar na ESF de Condeixa e de Lauro Souza. Não tem tutores nem supervisores.

O hospital Almir Gabriel funciona com 20 leitos divididos entre masculino, feminino, pediátrico e obstetrícia.  Tem uma sala de cirurgia com o básico. Precisa de reforma em sua estrutura física. Tem goteiras, infiltrações e rachaduras. O quadro de pessoal é integrado por um médico, três enfermeiras, um Farmacêutico Bioquímico, dois técnicos de RX, 14 técnicos de enfermagem e 16 auxiliares de enfermagem. “Apenas um médico para atender toda a demanda do hospital o torna um verdadeiro herói”, afirma Waldir Cardoso.

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Em Condeixa, a ESF só funciona até às 12h. Não tem medicamentos nem material para curativo. “O odontólogo comparece uma vez por semana e é uma luta para conseguir ficha. Afirmam que a prioridade do prefeito na comunidade é o piscinão”, relata Cardoso, que não pôde visitar a unidade porque ela estava fechada pela parte da tarde.

Na ESF de Jubim tem uma médica que atende na ESF e mora na comunidade.  “Realiza um mínimo de 20 consultas por dia e faz visitações pela parte da tarde. Dispõe apenas de medicamentos básicos e dos programas do governo federal como Hiperdia e Saúde Mental. O grande problema é o calor já que nenhuma dependência da unidade é climatizada”, informa o diretor do Sindmepa.

A Secretária de Saúde confirmou que “nenhum médico que trabalha no município tem contrato. Fiz ver que isso também é ruim para o médico, pois não tem garantidos seus direitos sociais”, relatou Cardoso. Ele propôs que a Prefeitura elabore um contrato de trabalho e colocou o Sindicato à disposição da Secretária de Saúde para ajudar na elaboração do documento.

A promotora de Justiça do município, Melina Alves Barbosa, que recebeu Waldir Cardoso, informou que está a par das denúncias sobre a situação caótica da saúde em Salvaterra. O MP abriu três inquéritos civis que estão em fase de investigação.

 

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