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Médicos de Parauapebas vão parar atendimento

Médicos do município de Parauapebas, que atendem no hospital municipal, registraram um Boletim de ocorrência policial, na última segunda-feira, relatando péssimas condições de trabalho, falta de medicamentos e quebra de acordos por parte da Prefeitura. Hoje eles avisaram que vão reduzir o atendimento apenas a 30% dos casos, concentrando-se somente nos de urgência e emergência, em um prazo de 72 horas, conforme norma legal.

O comunicado dos médicos foi enviado ao Sindmepa, CRM-Pa, Ministério Público e seria encaminhado ao prefeito municipal no final desta tarde. Ao todo, 17 médicos atuam na clínica médica do hospital municipal. Localizado na mesorregião sudeste paraense, Parauapebas é o sexto município mais populoso do Estado, com 183.352 habitantes, registrando uma média de 1.000 atendimentos diários no hospital municipal.

Os médicos do município já vêm há muito denunciando péssimas condições de trabalho com a falta de medicamentos básicos necessários ao atendimento como ampicilina, tramal morfina e outros. Falta aparelho de tomografia, endoscopia e o laboratório municipal funciona de forma precária. Já despediram neurologista, psiquiatra e cardiologista. Mas a gota d’água para a atitude dos médicos foi a decisão da prefeitura de pagar indiscriminadamente plantonistas da urgência e emergência e médicos da internação com divergências na carga horária estabelecida na “lei do plantão”.

A mudança foi avisada aos médicos no final de outubro, sendo que já começou a valer para o período trabalhado em setembro. “Descontaram arbitrariamente nossos salários, reduzindo os vencimentos drasticamente”, relatou um dos médicos plantonistas ao diretor Waldir Cardoso.

“Causa espécie que um município rico como Parauapebas permita que o hospital municipal funcione sem mínimas condições de atendimento. O Sindmepa está ao lado da categoria orientando sempre no intuito de buscar soluções que vão ao encontro do interesse da população”, afirma Waldir Cardoso.

 

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