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Ato contra privatização de hospital para trânsito

Um ato público contra a entrega da gestão do novo hospital oncológico infantil anexo do Hospital Ophir Loyola chegou a paralisar o trânsito no início da tarde de hoje, em frente ao HOL, na avenida Magalhães Barata. O ato foi convocado por servidores do hospital e teve o apoio de sindicatos da área da saúde, entre eles o Sindmepa, entidades organizadas da sociedade civil e usuários dos serviços do hospital.

O ato foi marcado para hoje porque havia a expectativa de que seria publicado nesta sexta-feira, no Diário Oficial do Estado, o resultado do processo licitatório para contratação da OS que vai gerir o hospital, no caso a Pró-Saúde ou alguma empresa coligada. Mas o resultado da licitação não foi divulgado.

Mesmo assim, integrantes do movimento contra a privatização do hospital se reuniram em frente ao HOL e protestaram contra a iniciativa do governo estadual.

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O governo do Estado passa por cima do Ministério Público, que determinou a realização de concurso público para os hospitais, disse João Gouveia, diretor do Sindmepa, que representou o sindicato junto com os diretores Douglas Vasconcelos e Carlos Sinimbú. “O governo já vem penalizando a população com a entrega do hospital de urgência e emergência para uma OS e agora quer entregar também os pacientes de câncer para que gerem lucros à iniciativa privada”, criticou o diretor do Sindmepa.

Marcelo Silva, do Centro de Estudos Brasileiros em Saúde (Cebes) disse que “a saúde não pode ser mercadoria, por isso, não pode ser privatizada”. Informou que a XV Conferência Nacional de Saúde, que acontece em 2015 vai defender um SUS universal, com contrato social e 100% público.

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Rosângela Nogueira, funcionária do HOL destacou que os servidores e a população não foram ouvidos sobre a melhor forma de gestão do hospital. A técnica em enfermagem disse que o hospital já passa por dificuldades numa estratégia de privatização da instituição. “Não há medicamentos básicos como omeprazol e tramal e isso vai piorar ainda mais com a privatização do novo hospital”, destacou. Rosângela disse ainda que o setor de nutrição, rouparia e CME já estão sobrecarregados e terão que atender também o novo hospital, o que vai agravar ainda mais o quadro”.

Com carro som, faixas e cartazes, o ato público paralisou parcialmente o trânsito na frente do hospital, chegando por parar o fluxo por completo em alguns momentos. Mas tudo transcorreu de forma pacífica. “Essa ação aqui é apenas o início de uma luta que pretende envolver outras entidades e a população em geral nesse debate”, disse João Gouveia, destacando que o Sindicato vai propor o debate no Conselho Estadual de Saúde e uma audiência pública do MPE para discutir o assunto. O movimento aprovou uma reunião no próximo dia 7 para discutir a organização, na sede do Sindmepa, às 9h.

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