No último dia 28, na sede do Sindicato dos Médicos de São Paulo, integrantes do Fórum da Resistência Democrática aprovaram novas posições políticas de combate ao autoritarismo e pela volta da democracia à Federação Nacional dos Médicos (Fenam). Visando à reunificação da Fenam, entre outras deliberações, os médicos ratificaram o apoio ao rodízio linear na presidência da entidade, com o indicativo de que o próximo presidente seja alguém do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais; a não substituição dos cargos vacantes na executiva da Fenam; e a realização de ampla auditoria nas contas da Federação. Os médicos também aprovaram repúdio à indicação do atual presidente, Geraldo Ferreira, para o cargo de tesoureiro da Confederação Nacional dos Trabalhadores Universitários (CNTU).
Participaram da reunião representantes dos Sindicatos do Pará, São Paulo, Campinas, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Anápolis, Minas Gerais, Paraíba, Alagoas, Pernambuco, além da Federação Médica da Amazônia (Femam), Federação São Paulo e Federação Centro-Oeste-Tocantins. A reunião foi aberta pelo presidente do Simesp, Eder Gatti, e constou de informes das entidades, análise da conjuntura e encaminhamentos. Do Pará, participaram os diretores do Sindmepa Carlos Sinimbu, Waldir Cardoso e Wilson Machado.
Os médicos da Resistência Democrática aprovaram as seguintes posições políticas: ratificar apoio ao rodízio linear na presidência da Fenam com mandato de dois anos até o final do ciclo, respeitando as indicações e mandato das presidências da Fesumed e Femam. Posicionamento contrário à substituição dos cargos vacantes na executiva da Fenam; ratificar acordo feito na Fesumed em 2012, apoiando que a presidência da Fenam por ocasião do rodízio estatutário seja assumida por alguém do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais; defender a realização de ampla auditoria na Fenam; ratificar e defender o respeito à autonomia dos sindicatos e federações regionais; afirmar o reconhecimento da legitimidade e plena participação na Fenam dos sindicatos de Roraima e Amapá; firmar posição contrária a qualquer alteração de estatuto no atual mandato da Fenam; ratificar o princípio da gestão coletiva na gestão da Fenam, e aprovar apoio político à futura presidência de Minas Gerais na Federação.
Sobre a indicação do atual presidente da Fenam para o cargo de tesoureiro da Confederação Nacional dos Trabalhadores Universitários (CNTU), a RD manifestou repúdio por não ter sido discutida ampla e democraticamente no meio sindical médico e recomendou que os sindicatos de base discutam a imediata desfiliação da Confederação.
Foi recomendado ainda a todos os sindicatos médicos, inclusive os não aptos a votar, e os integrantes da Executiva, que compareçam no próximo Conselho Deliberativo da Fenam para fortalecer a democracia interna e a reunificação e plena unidade do movimento médico sindical brasileiro.