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Sem acordo, médicos de Parauapebas permanecem paralisados

Segue sem perspectiva de acordo a paralisação seletiva dos médicos do Hospital Municipal de Parauapebas. Eles decidiram paralisar atividades desde ontem em protesto contra péssimas condições de trabalho, falta de medicamentos e equipamentos e não pagamento de plantões trabalhados, por parte da Prefeitura.

Os profissionais há muito vêm denunciando péssimas condições de trabalho com a falta de medicamentos básicos necessários ao atendimento como ampicilina, tramal, morfina e outros. Falta de aparelho de tomografia, endoscopia e o funcionamento precário do laboratório municipal.

A gota d’água foi a decisão da prefeitura de pagar indiscriminadamente plantonistas da urgência e emergência e médicos da internação, independente da carga horária trabalhada, em atendimento a uma lei votada pela Câmara do município, batizada de Lei do Plantão, que foi aplicada retroativamente reduzindo plantões já trabalhados.

No pagamento de novembro, referente ao período trabalhado em outubro, várias horas de plantões ministrados pelos médicos da urgência não foram pagas, com a justificativa de se adequar à “Lei do Plantão”.

Isso sem falar no trabalho precário, sem vínculo formal e sem direitos trabalhistas. Em reunião realizada ontem com representantes dos médicos, o diretor do Sindmepa, Waldir Cardoso e o secretário de saúde, Shady Lucas de Araújo, o secretário disse que a prefeitura está sem recursos pra honrar os compromissos. “Além do hospital não ter nem buscopan para administrar nos pacientes e o raio-x estar quebrado, a prefeitura manda dizer que não tem perspectiva de pagar os plantões trabalhados. Isto é um verdadeiro descalabro administrativo com o qual não podemos concordar”, disse Waldir Cardoso.

Diante da proposta da prefeitura de esperar a Câmara voltar do recesso em fevereiro para reavaliar a lei do plantão, os médicos decidiram manter o movimento e atender só os casos de risco de vida. “Por isso, estamos chamando de paralisação seletiva. Porque os casos de urgência serão atendidos. Mesmo os especialistas que ficam no plantão, atenderão os casos que envolvam risco de vida”, disse Cardoso.

Ao todo, 17 médicos atuam na clínica médica do hospital municipal. Localizado na mesorregião sudeste paraense, Parauapebas é o sexto município mais populoso do Estado, com 183.352 habitantes, registrando uma média de 1.000 atendimentos diários no hospital municipal.

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