O Sindicato dos Médicos do Pará realizou hoje (7) uma reunião com entidades e instituições de saúde para discutir sobre o processo de privatização do novo prédio do Hospital Ophir Loyola, Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo.
Durante a reunião, os profissionais apontaram os problemas que veem enfrentando dentro do hospital, entre eles: a falta de técnicos em enfermagem e enfermeiros para atender a demanda de pacientes e consequentemente jornada dupla de trabalho e enfatizaram que a privatização só agravaria ainda mais esta situação em que o hospital se encontra.
De acordo com uma das representante do Hospital Ophir Loyola, Rosangela Nogueira o que falta é investimento no setor público. Segundo ela, os profissionais estão desgastados e sobrecarregados por conta da falta de técnicos e enfermeiros e da jornada dupla de trabalho, além disso, profissionais e pacientes ainda precisam lidar com outros sérios problemas como a falta de medicamentos e de materiais básicos “já houve, inclusive, casos de suspensão de cirurgias por falta de medicamentos”, diz.
Segundo o diretor do Sindmepa João Gouveia os próximos passos a serem dados agora será solicitar uma audiência interna com a nova direção do Hospital Ophir Loyola para discutir a respeito da implantação de uma OS (Organização Social) no local; verificar junto ao Conselho Estadual de Saúde se o processo de terceirização do novo prédio consta na pauta da próxima reunião, que será realizada ainda este mês, continuar a mobilização contra a privatização do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo envolvendo outras entidades, instituições, funcionários, pacientes do HOL e a própria população em geral preparando atos públicos de rua. “Também vamos acompanhar junto ao Ministério Público Estadual a ação judicial pedindo que o governo cumpra o TAC (Termo de Ajuste de Conduta) para a realização de concurso público e a anulação da convocação publica de uma OS para gerenciar o hospital”, afirmou.
Estiveram presentes durante a reunião representantes do Hospital Ophir Loyola, do Conselho Regional de Psicologia, do Sindicato de Técnicos em Radiologia, do Cebes e representantes do Sintep.