Médicos da Estratégia Saúde da Família (ESF) do município de Belém decidiram em Assembleia Geral na noite de terça-feira, 24, exigir a isonomia salarial com médicos do programa Mais Médicos ou mesmo do Provab, que forem contratados para trabalhar em Belém.
O Ministério da Saúde enviou para Belém 57 médicos, dos quais a PMB aderiu à contratação de 28. Esses vão receber bolsa de R$ 10 mil líquidos, enquanto os médicos do ESF recebem R$ 5,5 mil líquidos para exercer as mesmas funções daqueles, o que motivou os cerca de 90 médicos que atendem a ESF a exigir a isonomia. De acordo com a posição oficial da Prefeitura, e da adesão dos novos médicos, vão voltar a reunir em AGE na próxima semana para tirar encaminhamentos sobre o caso.
Os médicos também querem discutir a flexibilização da carga horária, de acordo com portaria do Ministério da Saúde que permite carga horária de 4, 6 e 8 horas por dia; em Belém, só é praticada a carga horária de 8 horas. Eles também denunciaram assédio moral por parte dos coordenadores do programa Estratégia Saúde da Família, que constantemente ameaçam e constrangem os profissionais. O Sindmepa orientou a categoria a documentar o assédio a fim de gerar ocorrência policial.
Também na AGE de terça, os médicos decidiram exigir ainda condições de trabalho, com equipamentos, materiais, medicamentos e instalações adequadas nas unidades saúde da família, bem como retaguarda para a população atendida nessas unidades, como exames, internação e consultas especializadas; mais segurança nas casas de saúde da família e nas áreas domiciliares visitadas. O Sindmepa se comprometeu em fazer vistorias nas unidades das casas de saúde da família nos próximos dias.