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Sobe número de acidentes com escalpelados no Pará

Apesar do trabalho constante de entidades governamentais e não governamentais para o combate aos acidentes com escalpelamento nos rios da Amazônia, o registro desse tipo de acidentes subiu em 2014 em relação aos dois últimos anos anteriores. Foram notificados onze acidentes com escalpelamento, sendo um com vítima fatal no município de Muaná, contra dez acidentes em 2012 e 2013.

Os números foram divulgados hoje, durante reunião da Comissão Estadual de Erradicação de Acidentes com Escalpelamento, realizada no Sindmepa, que compõe a Comissão formada por 16 entidades. O arquipélago do Marajó é o local de maior frequência dos acidentes, tornando-se por isso um dos alvos prioritários das ações a serem desenvolvidas este ano. De 2010 a 2014, os casos se concentraram em 26 municípios do Estado, dos quais 13 fazem parte do arquipélago do Marajó. Na verdade, um total de 72 municípios de diversas regiões registraram casos de escalpelamentos, dos quais 42 ocorreram coincidências de casos de vítimas de 2010 a 2014.

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O Sindmepa é membro ativo da comissão, com representação nas reuniões e utilizando suas ferramentas de comunicação, especialmente as redes sociais e o site institucional, além do programa de TV Saúde Alerta, para veicular peças publicitárias e apelos de campanhas além de notícias de interesse da causa.

O diretor João Gouveia, que participou da reunião de hoje, disse que é preciso chamar mais entidades a se comprometerem com a questão, entre elas as Universidades e empresas estatais instaladas na região como a Eletronorte. Entre as propostas do Sindicato para as próximas ações estão a realização de reuniões bimensais da comissão estadual sempre nas últimas quintas-feiras de cada mês; realização de trabalho educativo sobre o serviço social da Marinha como parceiro na prevenção com colocação gratuita de protetor do eixo do motor; desenvolver trabalho de convencimento de outras instituições que compõem a comissão para que retornem às reuniões e participem das ações.

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A representante da Sespa na comissão, Socorro Silva apresentou o relatório anual, ressaltando que o envolvimento do poder público municipal e da sociedade são fundamentais para o combate a esse tipo de acidente, que ocorre geralmente nas regiões mais longínquas e de difícil acesso. A integração das escolas municipais e das unidades do programa Estratégia Saúde da Família devem ser envolvidas nas ações de combate. A Sespa tem fomentado a criação de Comitês Municipais e Planos de Ações municipais que levem em consideração a participação de municípios e do ESF, tendo o Sindmepa sugerido que estes comitês sejam agregados aos conselhos municipais de saúde para que possam colocar a demanda no Plano Municipal de Saúde.

Cada órgão presente apresentou suas ações na área e como vem atuando para reduzir e zerar o número desses acidentes. A Marinha, por exemplo, instala gratuitamente a cobertura dos eixos das embarcações que navegam na região, mesmo assim muitas ainda fazem viagens com os eixos descobertos acabando por provocar esses acidentes que mutilam mulheres e meninas e até meninos.

Além da Marinha, Sespa e Sindmepa, a reunião contou com a participação de representantes da Fundação Santa Casa de Misericordia, Defensoria Pública da União (DPU), Fundacentro, Organização dos Ribeirinhos Vítimas de Acidentes de Motor (Orvam) e Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon). A próxima reunião ficou marcada para o dia 28 de maio.

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