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HPSM da 14: velhos problemas, poucos avanços

Diretores do Sindmepa visitaram hoje pela manhã o Hospital do Pronto Socorro da 14 de Março, reunindo depois com o novo diretor do hospital, Leonardo Lobato; o diretor clínico, Ricardo Alves, o coordenador de urgências, Ivison Carvalho e o secretário de saúde de Belém, Sergio Amorim. Na visita, a constatação de velhos problemas de superlotação e tratamento desqualificado de pacientes no acolhimento e triagem, muitos internados nos corredores pela falta de leito e sendo assistidos de forma inadequada.

“No aspecto geral, vimos que houve melhoria nas instalações e climatização das enfermarias, desde a última visita que o Sindmepa fez ao hospital, mas lamentavelmente persiste a situação de pacientes assistidos de forma inadequada e fora dos padrões de atendimento digno e de qualidade”, disse o diretor João Gouveia, acompanhado do também diretor, Hilmar Ferreira. O grande nó do hospital continua sendo a porta de entrada, com superlotação e tratamento inadequado de pacientes. “Sabemos que o grande problema está na falha do sistema de saúde, que não funciona como deveria e acaba por sobrecarregar os dois HPSM da cidade, o da 14 e o do Guamá”, disse o diretor João Gouveia.

Entre as melhorias observadas estão o funcionamento efetivo das três máquinas de hemodiálise, paradas há anos por falta de instalações adequadas, para uso exclusivo de pacientes internados no hospital; o funcionamento do aparelho de tomografia; o Raio X; as instalações da UTI infantil, que estão praticamente prontas e as obras de instalação de mais duas salas do centro cirúrgico.

MÉDICOS E DOENTES

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Na reunião com o titular da Sesma e o diretor do hospital, os diretores do Sindmepa expuseram as condições de trabalho de médicos que atuam na instituição e solicitaram melhorias salariais e de ambiente de trabalho. O médico Hildebrando Ribeiro Júnior, que atua no hospital, disse que as condições são as piores possíveis, mas ainda acredita num Pronto Socorro melhor para todos. Ele relatou que profissionais médicos adoecem devido às condições insalubres e defendeu uma reorganização nos plantões e aumento no valor pago pela PMB.

O secretário de saúde, Sergio Amorim, disse que a superlotação do pronto socorro se deve ao não funcionamento dos sistemas de saúde de outros municípios que acabam mandando seus doentes para Belém. “Cerca de 70% a 80% dos pacientes internados aqui são do interior”, disse. Ele ressaltou ainda que os pacientes de Belém preferem se dirigir ao pronto socorro e não às unidades básicas de saúde, o que superlota ainda mais o hospital. Segundo o secretário, até o final do mês a Prefeitura pretende recompor as 117 equipes da Estratégia Saúde da Família e até o ano que vem a meta é ampliar a cobertura do programa para 80% das famílias da capital.

O diretor João Gouveia pediu ao secretário que a Sesma promova a valorização dos servidores efetivos e temporários da saúde, “que continuam recebendo salários ridículos” e que se faça realmente o concurso público e o PCCR para organizar a área. Ele solicitou informações à Sesma por escrito para subsidiar uma reunião de trabalho sobre PCCR que haverá no próximo dia 16. Reafirmou que se nada for feito em dois meses, o Sindicato poderá recomendar novamente um movimento paredista no município.

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