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Movimento médico de Belém unifica forças e se fortalece

Precárias condições de trabalho em relação a materiais, medicamentos, instalações e equipamentos foram relatadas em assembleia geral realizada ontem no Sindmepa, reunindo médicos das unidades municipais e hospitais de urgência e emergência de Belém. A unificação do movimento reivindicatório dos profissionais que trabalham nas urgências e os que atuam na Estratégia Saúde da Família e o indicativo de greve, caso as reivindicações não sejam atendidas, foram as decisões mais importantes tiradas na AGE.

O caso mais grave é dos médicos que atuam no HPSM da 14 de março, onde as condições de trabalho afetam a saúde dos profissionais e colocam em risco a vida de pacientes. De acordo com relatos de um médico que prefere não se identificar, somente em um dia 21 pessoas morreram no local. Para o médico, fatos como esse muitas vezes não são noticiados na mídia porque a morte já se tornou comum no local. “A triagem desse HPSM é um local onde ninguém quer dar plantão. Lá não tem seringa, no consultório que atendo não tem cadeira para o paciente sentar, não possui maca, entre outros problemas”, disse.

Os profissionais médicos do HPSM do Guamá também reclamam da falta de condições para trabalhar e afirmam que pretendem paralisar os trabalhos no próximo dia 6, quando se esgota o prazo estabelecido pela Sesma para dar uma resposta sobre as reivindicações da categoria.

Dados fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde registram a existência de 1.165 médicos trabalhando para o município, dentre eles, 460 são médicos plantonistas, sem vínculo empregatício, gerando um custo de 3.8 milhões de reais para a Prefeitura de Belém. Entre as propostas dos médicos está a redução do número de médicos plantonistas e aumento do número de médicos temporários, o que possibilitará melhor remuneração aos profissionais, com garantia de direitos trabalhistas, hoje inexistentes.

Além de se integrar aos médicos da Estratégia Saúde da Família, que têm reivindicações específicas à prefeitura – como: condições de trabalho, segurança e isonomia salarial com médicos que atuam no Mais Médicos e o Provab – os profissionais das urgências em geral decidiram aguardar o resultado de uma audiência que o Sindmepa terá com o prefeito Zenaldo Coutinho no próximo dia 7, para analisar os rumos do movimento.

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