Uma visita técnica realizada pelo Sindmepa à Unidade Municipal de Saúde do Telégrafo, na manhã desta sexta-feira, detectou algumas dificuldades enfrentadas pelo local. A deficiência de materiais básicos para atendimentos de urgência e emergência foi o principal problema encontrado.
A UMS do Telégrafo conta com apenas uma equipe de saúde para atender a uma demanda de cerca de 5 mil pacientes. A falta de materiais para curativos, como pinça e esterilização faz com que a sutura não funcione, o cilindro de oxigênio também não estava sendo usado por conta de um vazamento e agulhas para injeção intramuscular estão em falta na unidade. Diversos equipamentos, como desfibrilador e respirador, foram encontrados encaixotados em uma sala.
Além desses problemas, vários pacientes reclamaram da falta de água no local porque o bebedouro não funciona e há duas semanas o forro de um dos corredores caiu e ainda não foi consertado. Segundo a equipe de saúde da unidade os serviços de urgência estão funcionado com materiais cedidos pelo HPSM da 14, para suprir a demanda, após o incêndio no hospital.
Para o diretor do Sindmepa, João Gouveia, as instalações da UMS podem ser consideradas razoavelmente boas, inclusive com atendimento odontológico funcionando normalmente. Porém, o serviço de urgência e emergência não tem resolutividade. “Equipamentos básicos estão em falta. Lá, assim como em outras unidades de saúde, tudo funciona na base do improviso. Pequenos curativos também não são feitos, o que acaba comprometendo o atendimento no HPSM da 14 de março e do Guamá, já que os pacientes não encontram atendimento”, disse.
Também participou da visita técnica o diretor do Sindmepa, Wilson Machado. Os médicos foram recebidos pela diretora da unidade, Marylaine Rebelo. O relatório da visita técnica será encaminhado à Sesma, Sespa, Ministério Público Estadual e Federal e ao Conselho Estadual de Saúde.