O Sindmepa vai solicitar uma nova reunião com a Secretaria de Saúde do município para tratar do plano de ação emergencial para a reestruturação da rede de urgência e emergência de Belém, frente ao incêndio do Hospital do Pronto Socorro da 14. Relatos de médicos e visitas técnicas promovidas pela diretoria do sindicato indicam que o plano não está funcionando. O mais preocupante é que, aparentemente, aumentou o número de mortes no Pronto Socorro do Guamá, para onde estão sendo encaminhados a maioria dos casos que eram atendidos na 14.
Uma Assembleia geral realizada ontem no Sindmepa só confirmou o que o Sindmepa já vinha divulgando. O plano de emergência montado pela Sesma não está surtindo efeito, seja pela falta de médico, seja pela falta de medicamentos e equipamentos nas 12 unidades de saúde que deveriam fazer o atendimento de U/E na capital.
“A prefeitura tá economizando na costa da população mais de um milhão só com plantões extras que eram feitos no HPSM da 14. Enquanto isso, os postos de saúde funcionam sem médico suficiente”, disse o diretor do Sindmepa, João Gouveia. Uma médica que está trabalhando no hospital do Guamá disse que enfrenta o problema da falta de sequência ao atendimento. “Não temos como dá sequência ao atendimento do paciente, o que é tão grave quanto não ter atendimento”, relatou.
A falta de espaço no Hospital do Guamá pode estar provocando o aumento no número de óbitos naquele estabelecimento de saúde, denunciaram alguns médicos. Para confirmar essa informação, o Sindicato fará a partir da próxima semana levantamentos in loco colhendo informações sobre os óbitos registrados no Guamá desde o incêndio do hospital da 14, no último dia 25.
O problema é que o plano emergencial não está funcionando. As unidades não tem resolutividade, o Samaritano não está funcionando, os leitos de UTI prometidos pelo Estado na Santa Casa também não estão funcionando, resumiram os relatos de médicos. O Sindmepa está tentando marcar uma nova rodada de reuniões com a Sesma na próxima semana para um balanço do plano e propor ajustes com o objetivo de garantir o atendimento de urgência e emergência em Belém e evitar óbitos que poderiam ser evitados.