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Reunião discute problemas enfrentados por médicos da Santa Casa

A contratação de novos médicos para complementar equipes desfalcadas nos turnos diurno e noturno; renovação automática dos contratos até a realização de concurso público; hospitais de retaguarda para pacientes de baixo risco; deliberação de materiais de trabalho como luvas de tamanho adequado e remédios estão entre as reivindicações de médicos obstetras, neonatologistas e pediatras que reuniram na última quarta-feira, 29, com a presidente da Santa Casa, Rosângela Monteiro e os diretores do Sindmepa, João Gouveia, Paulo Bronze e Wilson Machado.

De acordo com a presidente da Santa Casa, algumas providências já estão sendo tomadas como, por exemplo, a contratação de novos médicos. “As renovações de contrato estão sendo feitos através de chamada pública.  A primeira chamada foi feita neste mês de julho. A segunda será em agosto e a terceira em setembro. Caso não apareça nenhum candidato para ocupar as vagas nós, então, renovaremos os contratos dos funcionários temporários”, pontuou Rosângela.

Médicos que participaram da reunião reclamaram da falta de responsabilidade dos municípios em não proporcionar o pré-natal adequado às gestantes, o que acaba gerando uma superlotação no hospital e casos graves de pacientes que não tiveram o acompanhamento necessário. “Essas gestantes acabam chegando aqui com o estado de saúde bastante sério. São pacientes que não passaram por pré-natal e que não receberam as devidas medicações, porque não puderam ser avaliadas e muito menos encaminhadas por um obstetra de sua região, já que na maioria das vezes não há esses profissionais da saúde, como em Icoaraci, por exemplo”, relatou uma médica.

“A situação atual é de superlotação. Não há leitos para recém-nascidos e muito menos UTIs neonatais. Sem essa mínima estrutura como podemos trabalhar direito? Ficamos de mãos atadas e no final das contas a cobrança só cai em cima de nós, médicos”, lamentou a médica.

Para o diretor do Sindmepa, João Gouveia, o hospital acaba sendo refém da falência de todo o sistema público de saúde. “Falta responsabilidade por parte dos gestores municipais que não estão cumprindo com suas obrigações básicas, dentre elas o fornecimento de pré-natal e obstetras nas unidades básicas de saúde”, ressaltou Gouveia. “O Sindmepa continuará a lutar por melhores condições de trabalho e atendimento digno à população, e consequentemente, melhorar a saúde pública em nosso Estado” acrescentou.

Dentro de 30 dias, a diretoria da Santa Casa se responsabilizou em dar um posicionamento para cada uma das reivindicações. Uma outra reunião será marcada após esse período.

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