A importância e valorização do aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida e as leis e ações que amparam a mulher nesse ato foram abordadas durante a abertura da programação da Semana Mundial de Aleitamento Materno 2015, cujo tema é “Amamentação e trabalho, para dar certo o compromisso é de todos!”, da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará. Com início nesta segunda-feira (3), o evento reuniu autoridades, servidores, voluntários e mães que estão com os filhos internados na maternidade.
Uma das mães que participou da solenidade foi a dona de casa Elane Cristina Sousa Oliveira. Ela acompanha a filha Maria Eduarda, que nasceu prematura, de baixo peso e hoje recebe os cuidados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa. Apesar de não poder amamentar a pequena no seio, Elane entende a importância do leite que ela produz e que está ajudando na plena recuperação da filha.
“Moro em Paragominas, mas venho à Santa Casa todos os dias para ordenhar leite e alimentar a minha filha e outros bebês que, assim como ela, estão na UTI. Aqui recebo assistência das profissionais do Banco de Leite, que me ajudam tanto na questão física, orientando sobre como retirar o leite e dar para a minha filha pela sonda, como na área psicológica, pois conversam muito comigo sobre a importância do meu leite para a Maria Eduarda Ganhar peso e se recuperar mais rápido”, ressaltou.
Na cerimônia de abertura, a presidente da Santa Casa, Rosângela Monteiro, alertou sobre a importância do aleitamento materno para a saúde da criança, com benefícios para o crescimento, aprendizado e desenvolvimento durante toda a vida, como também para a saúde das mães que amamentam. “A amamentação faz com que as crianças cresçam mais saudáveis e com menor risco de contrair doenças. A criança aleitada tem melhor desenvolvimento intelectual e mais facilidade de interagir com outras pessoas. São crianças mais preparadas para enfrentar dificuldades na vida. A Santa Casa, por ser referência estadual na causa da amamentação, faz a sensibilização social na luta contra a mortalidade infantil através do aleitamento materno exclusivo”, afirmou.
Ao saudar os presentes, O diretor do Sindmepa, João Gouveia, convidado para a mesa de abertura, lembrou do compromisso do Sindicato dos Médicos do Pará com a causa do aleitamento. “Apoiamos desde o início esse movimento em Belém, inclusive chegando a albergar no sindicato a ONG Amamem, que lutava em prol do aleitamento materno”, disse.
“A falta do aleitamento materno não é só um problema de saúde, mas um problema que reflete também na economia. Senão, vejamos: o leite materno é um produto gratuito, que sai direto do fabricante para o consumidor, não tem intermediários, contém todos os nutrientes para a criança e protege imunologicamente contra doenças. Portanto, economicamente a amamentação deve ser implementada não só em Belém, capital que mais amamenta no Brasil, mas também no interior do Estado”, recomendou o médico.
Por fim, o diretor parabenizou a instituição pelo evento e conclamou os profissionais presentes a lutarem para que esta ação seja estendida a todos os municípios do Pará: “Parabenizo a todas as entidades que lutam em prol da amamentação, especialmente a Santa Casa, pelos anos de dedicação em favor da causa. Devemos lutar para tornar esta ação de atenção básica uma ação comum a todos os municípios do Estado e que os hospitais desses municípios se tornem Hospitais Amigos da Criança”.
Também participaram do evento de abertura o secretário Estadual de Saúde, Vitor Mateus; a madrinha do Banco de Leite da Santa Casa e secretária de Integração e Políticas Sociais, Izabela Jatene; o coordenador do comitê estadual de prevenção de mortalidade materno-infantil e padrinho do Banco de Leite da Santa Casa, Hélio Franco; a nutricionista e cogestora da Sespa, Eunice Begot; a representante do Ministério da Saúde, Shirley Aviz, e o comandante geral Corpo de Bombeiros, coronel Nahum Fernandes.
Com informações da Ascom Santa Casa
