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Equipe médica está adoecida no PSM do Guamá

Falta tudo no hospital. Desde medicamentos básicos até ar condicionado no estar médico.

A agonia vivenciada no hospital do Pronto Socorro do Guamá nos últimos quatro meses foi novamente relatada por médicos que atuam no local, em reunião realizada nesta sexta-feira, 23, no Sindmepa com a equipe técnica da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma). “A equipe médica e de enfermagem está adoecida no PSM do Guamá”, resumiu Agnelo da Rocha Neto, diretor clínico do hospital.

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Diretores do Sindmepa em reunião com representantes da Sesma e do HPSM do Guamá

A sobrecarga de trabalho a que as equipes estão submetidas desde o incêndio que interditou o HPSM da 14, no dia 25 de junho deste ano, vem provocando um enorme desgaste físico e mental nos profissionais de saúde que atuam no Guamá. Embora não se tenha estatísticas de adoecimento, sabe-se que o índice é muito alto entre os médicos.

A maior sobrecarga está sobre o pessoal da clínica médica, cuja equipe é muito inferior à necessidade da demanda do hospital. Isso sem falar na complexidade dos casos e na falta de retaguarda para encaminhar os pacientes. Hoje, ao todo, são cinco médicos por plantão de 12 horas. O pedido de aumento do número de plantonistas foi feito ao diretor de urgência e emergência da Sesma, Ivson Carvalho, que participou da reunião e prometeu estudar o caso. A diretora geral do HPSM do Guamá, Orliuda Bezerra, também participou da reunião.

A clínica Camila Guimarães relatou ter sido agredida por um paciente no hospital. Ela fez um boletim de ocorrência, mas se sente insegura no local de trabalho. “Não temos qualquer garantia de que estaremos seguros lá dentro em nosso plantão”, reclamou a médica. Outro médico, Thiago Araújo, relatou ter sido vítima de agressões verbais. “Nunca sofri agressão física, mas sofri agressão verbal”, disse, acrescentando que o estado de saúde e a superlotação provoca a ira dos pacientes que disputam a atenção dos médicos de plantão.

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A médica Camila Guimarães relatou durante a reunião violência sofrida no HPSM do Guamá

Os relatos reforçam os depoimentos de sempre: falta tudo no hospital. Desde medicamentos básicos até ar condicionado no estar médico. “Tem gente que tem que tirar a camisa para dormir ali, porque o calor é insuportável”, disse outro médico. Aliás, o problema de falta de ar condicionado é comum no hospital. Falta ar na hidratação, na entrada do PSM, no consultório 3 e assim por diante, relataram os médicos.

“Já foram quatro meses de guerra e ainda virão outros três meses de agonia”, disse o diretor do Sindmepa, João Gouveia, que participou da reunião juntamente com os diretores Wilson Machado, Verônica Costa e Emanoel Resque. Gouveia contabiliza o prazo de três meses até o aniversário de Belém, 12 de janeiro de 2016, prazo dado pelo prefeito Zenaldo Coutinho para a reforma do hospital da 14 de Março. Enquanto isso, o Sindmepa solicitou novamente que a Sesma invista na descentralização do atendimento para as 12 unidades de urgência e emergência da capital. “É preciso fazer a população se acostumar a procurar essas unidades”, sugeriu Gouveia.

A Sesma garantiu a abertura de mais 28 leitos de retaguarda no segundo andar do hospital Samaritano para os próximos dias. Ivson Carvalho garantiu que o Samaritano será sempre um hospital de retaguarda e que a Sesma não vai permitir que funcione pelo sistema de porta aberta, quando os pacientes se dirigem diretamente ao hospital para serem atendidos. “Só serão atendidos no Samaritano pacientes encaminhados do Guamá”, garantiu Ivson.

O Sindmepa cobrou a agilização de raio X, de laboratórios, tomografia, ultrassonografia, eletrocardiograma e infraestrutura necessária ao atendimento em relação a materiais, equipamentos e medicamentos. “O sindicato vai continuar acompanhando o processo para que os problemas não piorem ainda mais na situação dramática da saúde na urgência e emergência do município de Belém”, resumiu Gouveia.

 

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