O diretor do Sindmepa, João Gouveia acompanhado do assessor jurídico do sindicato, Eduardo Sizo, segue em visita ao município de Redenção, a fim de verificar as condições de trabalho da categoria no local. A visita foi provocada por denúncia de agressão sofrida por dois médicos do município, que foram presos por se recusarem a fazer perícia e preencher laudo pericial.
Ontem à tarde, estiveram em reunião no Ministério Público do Estado, juntamente com outras entidades de saúde pública e a polícia civil, para discutir e formar entendimento pacífico no atendimento das nomeações de peritos ad hoc de médicos.
Depois de ouvir todos os presentes, ficou deliberado que as perícias ad hoc só acontecerão mediante nomeação formal dos médicos; que as nomeações seguirão com termos de compromisso e quesitos; que os médicos priorizarão o atendimento aos pacientes, mas farão esforços para atender, em até 24 horas, as perícias, que os honorários médicos serão cobrados posteriormente do estado, e que o médico não será obrigado a periciar seus pacientes. O MP ficou de encaminhar uma recomendação neste sentido. A reunião foi coordenada pelo promotor Ramon Furtado Santos.
Além do Sindmepa, participaram da reunião no Ministério Público, os diretores clinico e técnico do Hospital Regional de Redenção, Ugo Pícego e Rodolfo Skrivan, o secretário municipal de saúde Jadson Ferreira, quatro delegados da polícia civil, um superintendente da polícia civil, um representante da polícia militar e três promotores.
HOSPITAL REGIONAL
Hoje houve visita ao Hospital Regional Público do Araguaia, com a comissão do Sindmepa sendo acompanhada pelos diretores técnico e clínico do hospital, Rodolfo Skrivan e Ugo Pícego Queiroz, respectivamente. De maneira geral, o hospital tem atendido as demandas e metas para o qual foi criado há oito anos, inclusive realizando mais de 12 transplantes de rins intervivos por ano. É necessário ampliar e melhorar o atendimento da população da região do Araguaia, que chega a mais de 200 mil habitantes.
O parque tecnológico, especialmente para os exames de imagem está obsoleto, pois tem mais de nove anos em uso. A própria manutenção e conserto não justifica mais os mesmos equipamentos.
As máquinas de hemodiálise são insuficientes para a demanda, obrigando a internação de pacientes para a realização da diálise fora da jornada regular. O estado pede cortes e deve ao hospital algo próximo a R$ 17 milhões.
“A gestão é bem diligente e o hospital surpreende tecnicamente falando. Tem estrutura e mão de obra para ampliar o número de transplantes, inclusive com doadores em óbito, mas falta envolvimento de outros órgãos do estado”, descreveu o assessor jurídico.
A instituição tem feito inúmeras propostas para ampliação, mas o governo do estado só pede e sinaliza cortes orçamentários, o que pode fazer reduzir em até 10% todos os serviços.
Os dois visitaram ainda o Hospital Materno-Infantil e o de urgência e emergência, além de participar de audiência com o prefeito, secretário municipal de saúde e Conselho Municipal de Saúde. Hoje à noite, haverá assembleia com médicos do hospital regional público do Araguaia.