As demissões de profissionais da Saúde de Parauapebas estão provocando o caos no atendimento a pacientes no município. Além da falta dos profissionais, já faltam também materiais básicos para atendimento dos pacientes. No Hospital Municipal da cidade está faltando soro fisiológico, sedativos e o oxigênio está acabando, denunciam médicos e profissionais da saúde que atuam no município.
A urgência conta com apenas dois médicos plantonistas, que não estão dando conta da demanda. Se não bastasse tudo isso, o Hospital Geral recusa-se a receber os pacientes graves que estão no Hospital Municipal, porque, segundo a direção do HG, “os pacientes não atendem o perfil do hospital”.
Uma outra situação gravíssima está ocorrendo na farmácia especial, que libera medicamentos para diversas doenças. Desde ontem, pacientes não estão recebendo medicação, porque não tem mais médico para prescrever receita. Estão entre as doenças sem medicação as seguintes: esclerose lateral amiotrófica, esclerose múltipla, epilepsia, deficiência do hormônio do crescimento, puberdade precoce, leiomioma, endometriose, diabetes insípidos, doença de crohn, retocolite ulcerativa, anemia falciforme, hipoparatireoidismo, artrite reumatoide, lupus, esquizofrenia, transtorno bipolar tipo I, anemias por doenças renais, síndrome de guillain barre e renais crônicos.
A Prefeitura de Parauapebas alega que as demissões dos profissionais de saúde estão se dando em função de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), firmado com o Ministério Público do Estado. Mas, ninguém teve acesso a esse termo para que pudessem ser tomadas as devidas providências. Por conta disso, há risco iminente de morte de pacientes graves.
Hoje, à noite, médicos farão uma Assembleia Geral para discutir os acontecimentos e buscar saídas para a crise que abala a saúde da cidade. Será no plenarinho da Câmara Municipal, às 18 horas, na Beira Rio.