Médicos de Parauapebas estiveram reunidos, ontem (11), com o objetivo de compor uma pauta para levar à nova Gestão Municipal. O novo secretário de saúde do município compareceu à reunião e esclareceu dúvidas. Disse que a situação da saúde é caótica e que plantões e insalubridades devidos pela gestão anterior não foram declarados pela gestão.
Os médicos que trabalharam para a Semsa na Gestão anterior foram vítimas de uma série de calotes em seus pagamentos e na insalubridade, além de terem sido caluniados, juntamente com enfermeiros e técnicos de enfermagem de fraudar suas cargas horárias para receber mais do que deveriam. Para concluir o ano vários foram demitidos de forma arbitrária pelo Secretário de Saúde da época, Juranduy Soares Granjeiro, sem um estudo do impacto a continuidade de serviços essenciais. Por causa das demissões o atendimento à população ficou prejudicado a ponto de setores terem praticamente fechado as portas. Os médicos demitidos e demais servidores da saúde, alguns desde o mês de outubro, não receberam os proventos relativos a rescisão do contrato.
Ao final da reunião o grupo de médicos recebeu a visita do novo Secretário de Saúde, o médico urologista, Francisco Cordeiro Leite Segundo, que respondeu a pauta.
O novo Secretário confirmou que a situação da saúde é crítica, que as dívidas deixadas pela Gestão anterior são de mais de 50 milhões e que o que foi repassado à comissão de transição não foi compatível com a realidade encontrada. A cada dia novos problemas tem sido encontrados e por isso a dificuldade de conseguir fazer uma programação sobre os pagamentos atrasados. Disse que pelo montante de dívidas provavelmente a alternativa será de pagamento parcelado. Ainda há grande possibilidade de decretar estado de calamidade, caso não se encontre uma saída para quitar as dívidas. Os médicos e outros profissionais essenciais que foram demitidos já estão sendo recontratados.
O secretário ainda afirmou que está vendo junto à Procuradoria do Município um novo modelo de contrato, pois atualmente os médicos estão todos com contratos que não especificam suas cargas horárias reais, funções e lotações.
A notícia ruim foi que sobre os plantões e insalubridades que não foram pagos nos anos anteriores, que estes não foram declarados pela Gestão anterior e realmente serão considerados calote. Desta forma, os valores devidos só poderão ser pagos por demanda judicial.
Devido a situação calamitosa os postos de saúde que ainda estão funcionando meio período vão continuar assim até o final do planejamento financeiro para evitar problemas nos meses vindouros. Pois há urgência em repor insumos básicos no Pronto Socorro.