Nesse intervalo entre o Dia das Bruxas e o Dia de Finados, as notícias que chegam do município de Parauapebas são de causar medo até aos mais incrédulos. Uma vez que o pronto-socorro do Hospital Municipal, UPA e HGP ficarão vários dias sem nenhum médico nos diversos setores, a partir deste mês de novembro. Com várias demissões em curso, e sem sinal de novas contratações, o número de médicos atualmente é insuficiente para cumprir as escalas de plantão sem ultrapassar os tetos constitucionais. A Gestão atual diz que não pode contratar mais profissionais e não dá nenhuma solução para o problema.
O tema tem causado debate sobre o Princípio da Incolumidade Pública, que prevê como delituosas as ações que atentam contra a vida, o patrimônio, a segurança e a saúde da sociedade como um todo, bem como os próprios Objetivos Fundamentais da República, como “promover o bem de todos”.
Às voltas com leis para redução salarial, retirada de insalubridade e a sobrecarga de trabalho gerada pelo novo modelo de gestão, a situação dos servidores da saúde está cada vez mais crítica. Uma realidade que, literalmente, tira a saúde da maior parte dos servidores que hoje atuam nos serviços de urgência e hospitalares.
Há quem diga que já estão conseguindo atingir um estágio ainda pior do que no ano de 2016, à mesma época. Os médicos, em sua maioria contratados, já estão com medo de trabalhar em dezembro e não receberem, como aconteceu no ano passado. A Bruxa parece que realmente fez morada em Parauapebas.