A Federação Médica Brasileira (FMB), manifesta solidariedade ética aos médicos venezuelanos que enfrentam um cenário sombrio e intimidador, driblando a escassez de recursos humanos e insumos médico-hospitalares básicos em prol da mais dignificante missão da medicina: salvar vidas.
Os médicos venezuelanos negam-se a compactuar com práticas ditatoriais massificadoras e lutam, sem armas e com poucas esperanças, para exercer a medicina com honra e dignidade e com a coragem de exigir boas condições de trabalho, oferecendo como sacrifício as misérias e sofrimentos das suas próprias vidas e de seus familiares para minorar os de outras vidas que enfrentam semelhantes condições.
A saúde do povo venezuelano tem sido vilipendiada por uma ideologia fracassada que somente se mantém viva infligindo sofrimento, miséria e mortes. O governo venezuelano flagrantemente ignora a Constituição da Organização Mundial de Saúde, firmada em 1946 e da qual a Venezuela é signatária, e persegue os médicos que denunciam a situação calamitosa da saúde na Venezuela, sequestrando a liberdade de expressão de seus próprios cidadãos.
Preceitos milenares, sistematizados por Hipócrates e elevados a princípios fundamentais da arte médica têm como inimigos principais as ditaduras políticas mais interessadas no controle político do que no bem-estar da população.
A Federação Médica Brasileira não compactua com essa situação por entender que a medicina é incompatível com regimes ditatoriais. Que os cidadãos venezuelanos consigam superar esse momento grave de crise e possam retomar a boa vivência e acesso aos serviços básicos e essenciais disponibilizados pelos governos democráticos.
15 de dezembro de 2017