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Menina de seis anos é sexta vítima de escalpelamento este ano no Pará

Mais um acidente com escalpelamento foi registrado na madrugada desta sexta-feira, 21, na região do Marajó. A menina Wanessa Monteiro de Souza, de seis anos, viajava na embarcação Paraíso do Aramã e chegou na cidade de Anajás de ambulância. O Corpo de Bombeiros foi acionado e prestou os primeiros socorros.

A criança foi atendida no Hospital Municipal de Anajás, aguardando deslocamento para Belém, mas não havia leito disponível. Membros da Comissão Estadual de Escalpelamento que foram acionados tiveram dificuldades para realizar o deslocamento para a capital e criticaram o sistema de “porta fechada” do Hospital Regional de Breves, para onde a menina podia ter sido levada, mas que só atende via regulação. “A nossa indignação é pelo fato do hospital não ser porta aberta nessa situação, de acidente gravíssimo”, disse um membro da comissão.”É inaceitável que um hospital de alta complexidade, pago com dinheiro público, não atenda uma emergência deste tipo. A vida de uma criança em jogo. Postura cruel de quem tem o dever de zelar pela vida”, disse o diretor do Sindmepa, Waldir Cardoso, que recebeu a denúncia de um membro da comissão.

O Sindmepa defende uma postura mais rigorosa do Estado e municípios para inibir e erradicar esse tipo de acidente nos rios do Pará. “Enquanto não houver responsabilização e indiciamento dos donos de embarcações irregulares por homicídio culposo os casos vão continuar a acontecer, apesar dos anos de esforços educativos de sucessivos governos, ONGs, o Sindmepa, a Capitania dos Portos e todas as entidades que participam da Comissão de Combate ao Escalpelamento”, disse o diretor.

O acidente com Wanessa Monteiro de Souza é o sexto registrado este ano nos rios do estado, onde os casos se mostram fora de controle. Em 2017 tivemos dois casos. Em 2018 passou para seis casos e este ano já são seis somente no primeiro semestre deste ano. O Pará é um dos poucos estados onde ainda se registra esse tipo de acidente. O vizinho Amapá, que sofria junto com o Pará essa mazela, já conseguiu erradicar o escalpelamento em seus rios.

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