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Pará já tinha organização médica desde os anos 30, garantem pesquisadores

Médicos e pesquisadores, Aristóteles Giulliod de Miranda e José Maria de Castro Abreu Junior estão em constante movimento. Donos de mentes criativas, estão sempre ligados em temas que podem se transformar em alguma pesquisa ou mesmo dar “uma pista” para um novo trabalho. Foi assim que surgiu o artigo sobre a origem do Sindmepa: “Razões do esquecimento: em busca dos vestígios do syndicato médico paraense”, que integra a coletânea Instituições e Personagens Históricas da Medicina no Pará, lançada na semana passada pela dupla de escritores médicos.

A coletânea é editada dez anos após o lançamento do primeiro livro da dupla: Memória histórica da Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará, 1919-1950, da fundação à federalização, que faz um recorte histórico da antiga faculdade de medicina. Neste segundo trabalho, a dupla reuniu vários artigos e pesquisas que estavam soltos e surgiu a coletânea.

Sobre o artigo que buscou os primeiros registros do sindicalismo médico no Pará, fizeram um trabalho de Sherlock Holmes. Tinham curiosidade de saber como tinha sido o sindicato dos médicos antes dos anos 80, quando a entidade foi resgatada pelo grupo liderado pelos médicos Zuza Klautau e Waldir Mesquita, e foram atrás de documentos.

Como antigamente não havia sindicatos nos estados, mas apenas uma representação nacional que ficava no Rio de Janeiro, que depois veio a se transformar no Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, foram em busca de registros ali. “Tivemos acesso à biblioteca deles que estava praticamente desativada, com muita poeira. Mas ali descobrimos vários registros das pessoas que estavam à frente da organização médica no Pará”, conta Abreu Junior. Após essa busca vieram as pesquisas nos jornais locais que circulavam na época: “Buscamos registros na Folha do Norte e Estado do Pará”, lembra Aristóteles.

O resultado da pesquisa mostra a existência de um sindicato médico no Pará já entre os anos 30 e 40, sendo uma das suas principais lideranças o médico Ophir Loyola, que deu nome ao hospital do câncer de Belém. É provável que a nova lei sindical outorgada por Getúlio Vargas, que impunha diversas exigências ao funcionamento de sindicatos no Brasil, tenha contribuído para a desmobilização dos médicos, na opinião dos pesquisadores. Anos depois, já nos anos 60, só restava uma associação de médicos que foi resgatada pelo médico Alfredo Oliveira e outros companheiros. Mas a política brasileira novamente veio interferir na organização médica paraense colocando a organização no ostracismo.

Nos anos 80, o grupo formado pelos médicos Zuza Klautau e Waldir Mesquita se organizou para refundar o sindicato médico, que ressurge em 1981 tendo Klautau como primeiro presidente escolhido por aclamação. Já em 1985, quando a Carta Sindical do Sindmepa é liberada pelo Ministério do Trabalho, Waldir Mesquita é eleito presidente do Sindmepa. “O Sindmepa poderia ser considerado um dos mais antigos  sindicatos médicos do Brasil”, defendem os pesquisadores.

A coletânea Instituições e Personagens Históricas da Medicina no Pará conta diversas histórias de personagens e instituições ligadas à medicina do Pará, muitos completamente desconhecidos no estado, como a primeira médica paraense. O livro pode ser solicitado pelo email guilliod@gmail.com e entregue direto no endereço do interessado.

 

 

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