O mês de janeiro chega com a campanha Janeiro Branco, voltado às discussões sobre a saúde mental. Trata-se de uma campanha de conscientização criada em 2014, em Minas Gerais, por psicólogos e psiquiatras, e que hoje cresce em todo o País. A iniciativa pretende introduzir uma nova temática na agenda nacional, destacando a saúde mental como condição necessária à vida moderna.
O Janeiro Branco propõe a realização de uma série de iniciativas, em caráter colaborativo, como palestras, fóruns, debates, caminhadas e exposições pela sociedade organizada, cidadãos e poder público, para mostrar a importância do tema para o bem-estar integral do ser humano e a defesa de políticas públicas voltadas à saúde mental.
Os transtornos mentais afetam pessoas de todas as idades, culturas e perfis socioeconômicos. Estudos apontam que cerca de 20% da população mundial terá um problema ou distúrbio mental, em algum momento da vida. A depressão, por exemplo, já é considerada o mal do século e o segundo maior problema de saúde pública, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
No Brasil, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) calcula que mais de 40 milhões de pessoas têm algum distúrbio mental. A previsão é de que nos próximos anos, 10% das mulheres e 6% dos homens terão algum episódio depressivo. Além da depressão, outras doenças psiquiátricas também tornaram-se conhecidas dos brasileiros, como os transtornos de ansiedade, a bipolaridade e a síndrome do pânico.