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Kamaleonik: Um show da Amazônia para o mundo

“Um jazz amazônico, uma música da Amazônia para o mundo”. É assim que Rafael Guerreiro define a música que leva a sua marca no show Kamaleonik, apresentado no palco do cineteatro do Sindmepa na noite desta quarta-feira, 5, dentro da programação do projeto Quartas Musicais, criado pelo Sindmepa e coordenado pelo músico José Maria Bezerra. O show contou com a participação do trio Carlos Canhão, percuteria, um misto de bateria e percussão; Rafael Azevedo no Baixo; e Marcelo Cardoso, sax tenor.

Trata-se de um projeto para levar música de boa qualidade para a sociedade belenense, resumiu o diretor do Sindmepa, Waldir Cardoso, ao fazer a saudação dos presentes ao espetáculo, um público ávido por boas oportunidades de ouvir música de boa qualidade. Waldir agradeceu aos músicos e ao público, destacando a importância da adesão dos músicos locais ao projeto e do apoio do seu curador, José Maria Bezerra. Este, por sua vez, também agradeceu aos presentes e aos músicos convidados, frisando a importância da iniciativa do sindicato dos médicos. Ele aproveitou e convidou os presentes para a próxima atração do cineteatro, o Quinteto Caxangá, no dia 19.02.

Da esq para dir: Wilson e Sandra Machado, Carlos Canhão, José Maria, Guerreiro, Waldir Cardoso, Marcelo Cardoso e Rafael Azevedo.

Um show repleto de referências regionais, Kamaleonik” é para ser visto e apreciado em qualquer metrópole do mundo. Propõe uma mistura de ritmos de clássicos da música popular brasileira e paraense, recriados por Rafael Guerreiro. Parte do repertório apresentado consta do seu segundo EP instrumental, que traz um som versátil incluindo bossa-nova, baião, samba, carimbó, além de blues, jazz e rock. O show em si une composições novas com temas do primeiro EP de Guerreiro, “Zimbado”. O violonista abriu a noite com Chuvoso, depois Bala com Bala e Litorânea. Não podia faltar Foi Boto Sinhá, de Waldemar Henrique e Nas Asas do Uirapuru, peça autoral inspirada também no maestro paraense, em ritmo de carimbó, entre outras maravilhas.

Rafael Guerreiro

“A minha música tem dois lados, um pouco intimista, mas também tem essa coisa um pouco mais vibrante. Então eu acho que ficou legal, foi bem receptivo, e o local abrigou bem o som que a gente fez aqui”. Quanto ao público, Guerreiro recomendou que as pessoas que gostam dessa música fiquem mais atentas: “É preciso se ligar mais na programação. Porque às vezes as pessoas reclamam que Belém não tem nada para se assistir, mas se ficar só em casa e não pesquisar, você não vai saber o que tá rolando de verdade. Como esse espaço maravilhoso que temos aqui”, provocou.

Zara Gentil, cantora de música popular, e esposa de Guerreiro, destacou que “o espaço foi ideal para a proposta dele, que agora está enveredando mais pelo violão. Na verdade, ele é um violonista, tem formação em violão clássico, mas estava ultimamente explorando muito a guitarra. E, assim, trazer esse show de violão para cá foi perfeito. Sem falar no aconchego do espaço que é incrível. Enfim, toda a programação que está sendo proposta é de primeira. Recomendo para todo mundo que queira curtir a boa música”.

A professora do curso de música da UFPA, Ana Margarida, observou a qualidade do espaço para a clareza do som. “A acústica é muito boa, e tenho ouvido elogios dos músicos que tem se apresentado aqui”. A professora destacou que tem acompanhado o Quartas Musicais: “Tenho acompanhado o projeto e acho fundamental a gente ter esse espaço para mostrar nosso trabalho. Confio demais na curadoria do professor José Maria. E o show de hoje eu não conhecia o trio, mas fiquei maravilhada com o som que fizeram, os arranjos e as peças autorais do Rafael e também todo o cuidado que se tem com o som”. A professora disse que vai recomendar aos alunos que assistam aos próximos shows no cineteatro: “Porque faz parte do aprendizado de música, ouvir música”.

 

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