Tendo em vista o conteúdo da recente entrevista do prefeito Zenaldo Coutinho à TV Liberal, o Sindicato dos Médicos do Pará tem a dizer que a falta de médicos nas unidades de saúde deve-se a vários fatores que obrigam o afastamento ou dificultam a reposição, a saber:
Adoecimento de médicos pela COVID e demais síndromes respiratórias; temor de adoecimento e morte por conta da falta generalizada de EPI´s em quantidade suficiente nos hospitais, UPAs e unidades de Saúde do Município de Belém; falta de providências adequadas, pertinentes e tempestivas por parte da administração municipal no enfrentamento da pandemia; falta de planejamento e efetivação da contratação de novos médicos, especialmente para o atendimento de casos de COVID; ausência de contratos de trabalho que garantam segurança e direitos trabalhistas aos médicos que estão sendo contratados emergencialmente; ausência de treinamento para os médicos e demais servidores no uso de equipamentos de proteção individual (EPIs).
Pelo exposto, recomendamos ao prefeito de Belém que tome as providências cabíveis que seu cargo requer para o enfrentamento da pandemia; tenha a sensibilidade e senso humanitário para providenciar o afastamento dos médicos do grupo de risco que são servidores ou contratados da prefeitura, quais sejam, idosos acima de 60 anos e médicos com comorbidades de qualquer idade.
Aos médicos, reiteramos a orientação expressa na preservação de sua saúde e vida, que não aceitem trabalhar em locais sem o uso de equipamentos de proteção individual e se recusem a trabalhar sem contrato assinado, carteira de trabalho e direitos trabalhistas.